65% dos investidores portugueses ainda ignoram critérios ESG

Apesar do crescimento global do investimento responsável, a sustentabilidade ainda não é prioridade para a maioria dos investidores portugueses. 65% não consideram critérios ESG nas suas decisões, revela o 2.º Barómetro Doutor Finanças.

A maioria dos investidores portugueses não considera critérios ESG – Ambientais, Sociais e de Governação – no momento de decidir onde aplicar o seu dinheiro. De acordo com o 2.º Barómetro Doutor Finanças, realizado pela Universidade Católica, em parceria com o Doutor Finanças, e que teve como foco os hábitos de investimento, 65% dos investidores admitiram não ter em conta critérios de sustentabilidade.

Apenas 29% das pessoas que investem têm em consideração fatores ESG, o que demonstra que a sustentabilidade ainda é um critério secundário ou irrelevante.

Entre os que consideram critérios ESG na hora de investir, apenas uma pequena minoria (6%) tem exposição total a este tipo de ativos. De resto, a tendência é mesmo a de não alocar mais do que 50% do portefólio a estes produtos.

Para 60% das pessoas que investem em ESG, estes produtos compõem, no máximo, metade da carteira. Ou seja, mesmo quando existe uma preocupação com sustentabilidade, ela não representa, na maioria dos casos, o núcleo da estratégia de investimento.

Segundo o Doutor Finanças, “quem investe em ESG olha para mais do que o desempenho financeiro, procurando que os investimentos tenham um impacto positivo de longo prazo”.

“O foco parece permanecer prioritariamente na segurança e retorno financeiro, relegando a sustentabilidade para um critério secundário ou irrelevante para a maioria”, pode ler-se no 2.º Barómetro Doutor Finanças.

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