5 conselhos para dinamizar o investimento early-stage
A Investors Portugal reuniu aquelas que considera serem as condições essenciais para impulsionar a evolução do setor do investimento a nível nacional.
A Investors Portugal – associação que agrega e representa a comunidade portuguesa de business angels, venture capital, corporate VCs, aceleradoras, incubadoras, plataformas de crowdfunding e outros atores que investem em early-stage – reuniu um conjunto de cinco linhas de orientação estratégica para fomentar o crescimento e a consolidação do ecossistema de early-stage nacional. Um mercado em que, segundo a plataforma DealRoom, existem mais de 2 mil start-ups ativas que têm atraído cada vez mais investimento nacional e internacional. Em 2021, ultrapassou os mil milhões de euros.
“Impulsionar o crescimento e a atratividade das start-ups nacionais contribuirá para uma economia saudável a longo prazo, dado o seu crescente peso no PIB. Para isso, devemos procurar os melhores exemplos a nível internacional e aplicá-los ao nosso contexto, pois só teremos a beneficiar do efeito potenciador que este ecossistema oferece”, lembrou Lurdes Gramaxo, presidente da Investors Portugal.
Neste sentido, e para que o setor possa amadurecer, a Investors Portugal sugere:
Priorizar a profissionalização: como um bom investimento, também a aposta na profissionalização e formação dos diferentes intervenientes – investidores, fundadores, colaboradores, incubadoras, aceleradoras e todos os demais stakeholders do ecossistema early-stage em Portugal – é essencial para que este cresça de modo sustentado. Parte desta aposta passa pela continuidade e dinamização dos programas de atração e fixação de talento no território nacional.
Garantir a acessibilidade a todos os investidores: sejam as fontes de financiamento públicas ou privadas é fundamental assegurar a atratividade do setor em Portugal. Assim, do ponto de vista das soluções de financiamento público, devem assegurar-se a criação de programas de financiamento equitativos, seguindo uma lógica de mercado que garanta a abrangência de acesso a todos os interessados, sejam pequenos investidores individuais ou gestores de fundos de investimento de maior dimensão. Do ponto de vista do investimento privado, o desafio centra-se na capacidade de uma maior mobilização de capital privado, o alargamento de fontes de financiamento e ainda o investimento de fundos institucionais e fundos de pensões, com enfoque na atratividade fiscal.
Criar incentivos e oportunidades: o apoio à base do ecossistema – onde se incluem as universidades, institutos, centros de excelência, incubadoras e aceleradoras – é um fator crítico de sucesso para se assegurar a criação e o desenvolvimento de novas oportunidades de investimento. Uma via pode passar por simplificar a elegibilidade dos investimentos, com critérios mais claros, alargando a tipologia destes em early-stage que podem ser considerados pelos investidores, reforçando assim a dotação do incentivo.
Simplificar os processos do setor: é essencial, sem comprometer o controlo e a qualidade, e seguindo as melhores práticas internacionais, que se continue a investir na desburocratização dos processos de investimento e na homogeneização da regulação do setor. Também os programas existentes de incentivos ao investimento devem ser simplificados com vista a aumentar a sua adoção e atingir os objetivos para os quais foram desenhados inicialmente.
“O que é nacional é bom”: nunca a capacidade de um negócio singrar esteve tão ligado à sua difusão e disseminação. Neste sentido, torna-se fulcral que os sucessos do investimento early-stage em Portugal sejam divulgados e promovidos globalmente, contribuindo para a atração de novos investidores nacionais e internacionais, assim como de novos futuros empreendedores








