4 indicadores que mostram que os colaboradores são felizes

Envolver os colaboradores nas estratégias da empresa, promover a flexibilidade nos horários e local de trabalho, respeitar e ouvir são fatores que ajudam a manter os colaboradores felizes, segundo vários estudos.

A plataforma de procura de emprego norte-americana Lensa analisou as 30 das maiores cidades norte-americanas, classificando-as em quatro fatores: dias de férias anuais não gozados, de acordo com o relatório “Under-Vacationed America”, da U.S. Travel Association; média de horas semanais de trabalho e salário médio anual, de acordo com o U.S. Census Bureau; e a pontuação geral de felicidade obtida, tendo em conta o relatório “Cidades mais felizes”, da WalletHub.

Segundo a análise, em primeiro lugar surge Minneapolis, com 57% dos funcionários a não gozarem na totalidade os seus dias de férias e a trabalharem 37,6 horas por semana. O salário médio anual é de 38.808 dólares (33.907 euros), com um índice de felicidade de 65,98 em 100.

Em seguida, surge Seattle, com 54% dos funcionários a não gozarem todos os seus dias férias e a trabalharem 39,3 horas por semana. O salário médio anual em Seattle é de 59.835 dólares (52.267 euros) e a cidade tem uma pontuação de felicidade de 64,74. Em terceiro surge Portland, com 58% dos funcionários a não gozarem as suas férias por inteiro e a trabalharem 38 horas em média durante a semana. O salário médio anual nesta cidade é 41.310  dólares (36.085 euros) com uma pontuação de felicidade de 60,52.

A localização pode fornecer importantes informações sobre as tendências de felicidade, mas é apenas uma forma de analisar a sua satisfação. Por isso, a Fast Company aponta os quatro indicadores que, à luz de vários estudos, mostram que os colaboradores são felizes.

1. Medir o engagment
O engagment pode ser a melhor métrica, diz Sarah Johnson, vice-presidente de pesquisas e análises corporativas da Perceptyx, um fornecedor de pesquisa e análise de funcionários.

“As empresas precisam de saber se os seus funcionários se identificam com a direção estratégica da empresa, se sentem que o seu trabalho é importante para o sucesso da organização, se têm as ferramentas e recursos de que precisam para ter sucesso e se são capazes de se conectar e colaborar com os seus colegas de equipa e o seu diretor”, explica.

O engagment está ligado ao desempenho do negócio. “As empresas com forte envolvimento dos funcionários também apresentam níveis mais altos de satisfação do cliente, menos conflito e melhor desempenho comercial”, revela Johnson.

 2. Promover a flexibilidade
Através das suas análises, Erin Kelly, professora de estudos do trabalho e da organização do MIT Sloan e coautora de Overload: How Good Jobs Went Bad and What We Can Do About It, descobriu que os funcionários relataram níveis mais elevados de bem-estar e satisfação no trabalho quando tinham mais flexibilidade nos seus horários e local de trabalho, quando as reuniões eram reavaliadas e reduzidas, e quando os seus diretores estavam atentos às preocupações dos funcionários com a vida profissional.

“O nosso estudo descobriu que promover a opinião dos funcionários sobre quando, onde e como fazem o seu trabalho e apoiar a sua vida pessoal e familiar melhorou o bem-estar e reduziu a rotatividade, reduzindo também os custos para a empresa”, explicou a professora.

3. Saber respeitar
A cultura também é crítica, diz Niki Jorgensen, diretora de operações de serviços da RH Insperity. “As pessoas querem ter a certeza de que estão a trabalhar para uma empresa que as faz sentir envolvidas e que ouve as suas necessidades”, referiu, acrescentando que “nos últimos dois anos, os funcionários também determinaram que um bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional é a chave para a sua felicidade.”

Neste sentido, a felicidade pode estar ligada à liderança, conclui Jorgensen. “Uma coisa a lembrar é que as pessoas não deixam as empresas – mas sim os seus diretores”, conta. “Elas preferem líderes que sejam empáticos e bons comunicadores e que lhes deem as ferramentas para ter sucesso. Quando se trata de criar uma boa cultura no local de trabalho, faça o que diz. Trate as pessoas com respeito e elas serão mais propensas a serem trabalhadoras felizes e produtivas ”.

4. Ouvir para agir
Se quer saber o que deixa os seus funcionários felizes, a melhor coisa a fazer é perguntar, sugere Johnson. “A pandemia mudou a maneira como todos pensamos sobre dinheiro e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional”, explica a investigadora.

“Não parta do princípio que sabe o que os seus funcionários querem e precisam da organização. Fale sobre o que eles precisam e como a organização pode responder às suas necessidades. Os líderes precisam de ouvir e agir de acordo com o que sabem dos seus colaboradores. Mas ouvir não é o suficiente. Os líderes devem agir para demonstrar visivelmente aos funcionários que foram ouvidos e levados a sério”.

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