36 start-ups com potencial para mudar o mundo em 2020

A entrada em 2020 traz grandes expetativas no que diz respeito à inovação e às tendências que se perfilham no horizonte empreendedor. A CB Insights desmistifica um pouco o cenário futuro ao reunir algumas das start-ups que prometem “agitar” os mercados.
A lista anual elaborada pela consultora norte-americana CB Insights indica as tendências de futuro, listando 36 start-ups a atuar em áreas que vão da criptografia quântica à edição genética, passando pela energia limpa.
Chips à velocidade da luz
AyarLabs
Fundada nos EUA em 2015, a AyarLabs especializou-se na criação de chips de alta tecnologia para informática. A empresa, que obteve investimento por parte da Intel Capital e da Globalfounries, promete fornecer chips até mil vezes mais potentes que os utilizados hoje no mercado.
LightMatter
A start-up que atua no segmento de hardware usa fotões para criar processadores mais eficientes e rápidos, e já captou a atenção de gigantes como a Alphabet (holding detentora do Google).
Luminous
Com investimento de Bill Gates, a Luminous tem como principal objetivo criar um “superchip” capaz de substituir até três mil chips tradicionais, tendo por base o desenvolvimento de inteligência artificial. No site a empresa afirma que “treinar inteligência artificial não deveria ser uma tarefa de dias, mas sim de minutos”.
Criptografia quântica
SpeQtral
Considerada uma spacetech, a SpeQtral desenvolve sistemas de comunicação quântica para a engenharia espacial. Com propriedade intelectual registada na Universidade Nacional de Singapura, espera abrir escritórios nos EUA e lançar produtos este ano.
Isara
A start-up de cibersegurança voltada para a computação quântica pretende ajudar Governos e empresas a migrar os seus sistemas para a nova era dos computadores, evitando problemas de compatibilidade ou de privacidade.
Crypto Quantique
A operar em Londres, esta start-up utiliza técnicas avançadas de criptografia e de física quântica para desenvolver tecnologias de cibersegurança para a internet das coisas (IoT).
Inteligência artificial transparente
KYNDI
“Queremos que a cibersegurança seja simples e fácil de entender”, declara a start-up no seu site. Para tal fornece produtos de prevenção de risco a empreendedores. A ideia é ajudar as empresas na luta contra fraudes ou ataques em ambiente digital.
Fiddler
A start-up tenciona democratizar a inteligência artificial. “Acreditamos que é possível permitir às empresas entender e confiar nas soluções que estão a aplicar nos seus negócios”, refere.
Darwin AI
Sedeada no Canadá, esta start-up assinou uma parceria com investigadores da Universidade de Waterloo, em Ontário, para ajudar empresas e pessoas a entender como funciona o conceito de “deep learning”. A ideia é explicar por que uma rede de inteligência artificial toma determinadas decisões.
Edição genética
Shape Therapeutics
Esta start-up de biotecnologia com base em Seattle, nos EUA, recorre à edição genética para o tratamento de doenças degenerativas.
Locana
A start-up americana usa uma plataforma para atuar especificamente na molécula RNA (ácido ribonucleico), que se trata de um ácido nucleico, assim como o ADN. O objetivo é tratar doenças degenerativas com a edição da própria molécula.
Korro Bio
Tal como as anteriores duas start-ups de edição genética, a também americana Korro Bio declara que alterar moléculas humanas é uma boa forma de tratar doenças, com enfoque na RNA.
IA em proteínas
Relay Therapeutics
Fundada em 2015 em Boston, nos EUA, utiliza a inteligência artificial (IA) para alterar a estrutura de proteínas e criar novos tipos de medicamentos.
ProteinQure
Também a ProteinQure usa a inteligência artificial para desenvolver novos medicamentos a partir de proteínas. “A nossa missão é ajudar a criar um mundo em que os medicamentos são feitos à medida e não apenas descobertos”, refere a empresa.
LabGenius
A start-up inglesa utiliza machine learning para analisar proteínas e desenvolver medicamentos específicos para cada paciente.
Impulsos elétricos na medicina
Theranica
Esta empresa desenvolve produtos “usáveis” para tratar pacientes com dores, recorrendo à neurociência com expertise tecnológico.
Setpoint Medical
Criada em 2007 na Califórnia, a Setpoint Medical usa impulsos elétricos para tratar pacientes com doenças autoimunes.
Cala Health
A start-up, que também utiliza a neurociência e aparelhos usáveis para tratar doenças crónicas, tem como foco principal os “tremores de mão”.
Microbiomas na medicina
Kallyope
Fundada em Nova Iorque, esta start-up de biotecnologia tem soluções de sequenciamento genético, biologia computacional, imagens neurológicas e biologia molecular para criar novos medicamentos.
Pendulum
Com o investimento de fundos como o Sequoia e o apoio de empresas como a Johnson & Johnson, esta start-up usa microbiomas humanos – conjunto de bactérias, fungos e vírus – para desenvolver probióticos medicinais.
Viome
“Só recomendamos o que é melhor para si”. Com vista a criar soluções personalizadas, a Viome estuda os microbiomas de forma individual e, a partir da informação reunida, desenvolve dietas e sugere boas práticas de saúde.
Compostos psicadélicos no tratamento de doenças
Compass
A start-up, que utiliza psilocibina (princípio ativo dos cogumelos) no tratamento de questões de saúde mental, faz testes em pacientes com depressão em clínicas da Europa e da América do Norte.
MindMed
Além da psilocibina, esta empresa também faz estudos com LSD no tratamento de pessoas viciadas em drogas como a cocaína, metanfetaminas e álcool.
Small Pharma
Instalada em Londres, Inglaterra, a Small Pharma especializou-se em ajudar investigadores a efetuarem testes mais ágeis. A ideia é estreitar a relação entre o mundo académico e a prática médica.
ADN digital
Luna PBC
“O futuro da saúde depende dos seus dados”, diz esta start-up, que criou uma plataforma na qual qualquer pessoa pode registar-se e ceder os seus dados biológicos para investigação. A empresa garante sigilo, uma vez que a informação permanece anónima.
Nebula Genomics
Esta organização permite que as pessoas estudem e aprendam mais sobre o próprio ADN. A plataforma possibilita a verificação do histórico familiar, de antepassados e do risco de doenças.
Sano
Através de uma aplicação para smartphones, a Sano permite que os utilizadores acedam a dados atualizados sobre o seu ADN. Assim, diz a empresa, é possível escolher dietas e atividades físicas customizadas, com base nas recomendações do sistema.
Captura de carbono
Carbon Engineering
Criada em 2009, a Carbon Engineering não só pretende reduzir as emissões de CO2 como quer tirar da atmosfera emissões passadas. A empresa desenvolveu uma instalação capaz de capturar até um milhão de toneladas de CO2 por ano. “É possível deixar um mundo como o nosso para as gerações futuras”, diz a empresa.
Kiverdi
Já a Kiverdi utiliza o CO2 capturado da atmosfera como matéria-prima em produtos inovadores. Um deles – o mais impressionante – é a “proteína à base de ar”.
Opus 12
A start-up de Silicon Valley e parceira da NASA quer revolucionar a forma como a indústria usa o carbono. A ideia dos empreendedores é utilizar um processo apelidado de “conversão” para transformar o CO2 em produtos como combustíveis.
Energia nuclear limpa
Commonwealth Fusion Systems
Esta start-up quer criar energia limpa a partir da fusão nuclear. Para tal firmou uma parceria com o MIT para acelerar a investigação.
Terrestrial Energy
Fundada em 2013, a empresa aposta no uso de energia nuclear para um futuro mais limpo, tendo como enfoque o desenvolvimento de reatores mais produtivos e seguros.
Logística sustentável
Einride
A logtech sueca, que quer tornar comuns os camiões autónomos elétricos no trabalho de logística, tem parcerias com companhias como a Coca-Cola.
Nautilus Labs
Esta start-up ajuda empresas de grande dimensão a mapear de forma inteligente as rotas marítimas dos seus navios.
Sabrewing
A empresa, que quer criar aeronaves mais leves e personalizadas para o mercado de logística, já tem um protótipo, no entanto não tem previsão de quando começa a operar comercialmente.