SenseData: start-up que fideliza clientes aumenta a sua faturação em 65%

A SenseData recolhe os dados e monitoriza o comportamento dos consumidores para promover melhores interações e fidelizá-los. No período de janeiro a setembro deste ano, a sua faturação aumentou 65% em comparação com o período homólogo. A equipa passou de 35 para 60 – e há 15 vagas abertas.

As empresas precisam de se aproximarem cada vez mais dos clientes para se manterem relevantes – uma tendência que a pandemia evidenciou. A SenseData viu esta oportunidade e decidiu explorá-la. A sua plataforma recolhe dados e monitoriza o comportamento dos consumidores para promover melhores interações. Entre janeiro e setembro, a start-up brasileira ganhou novos clientes e viu a sua faturação aumentar 65% em comparação com o mesmo período do ano passado.

A SenseData foi fundada em 2016 por Mateus Pestana, Guilherme Pellegrino, Paulo Souza e Renan Zanelatto, no Brasil. Mais tarde, Alexandre Costa também entrou como sócio.

“São modelos que dão poder ao consumidor, já que a relação se baseia no longo prazo. É preciso mantê-los pelo sucesso e pela satisfação, não por meio de multas”, diz Mateus Pestana, um dos sócios.

A SenseData conta no seu portefólio com empresas como Unilever, VR Benefícios, Linx e Somos Educação. Este ano, entrou para a lista das 100 Startups to Watch, organizada pela Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Época Negócios, EloGroup e Corp.vc.

A sua solução consiste numa plataforma que reúne e analisa dados de consumidores em tempo real para definir estratégias de engagement. Ao identificar um consumidor que não utiliza um serviço há algum tempo, por exemplo, a plataforma pode enviar uma notificação com sugestões que vão ao encontro das suas preferências.

Mas as aplicações da SenseData podem ser várias. Uma grande empresa de bens de consumo, por exemplo, usa a plataforma para acompanhar o stock dos estabelecimentos atendidos e definir ações para cada caso. Já um plano de saúde estimula os aderentes a manter a rotina de consultas em dia. “A empresa constrói dinâmicas, cria padrões e faz testes. Depois, a plataforma fa zo resto”, diz Pestana.

Os canais de comunicação usados pela start-up são variados, desde o e-mail às notificações emitidas por aplicações. Segundo Pestana, a plataforma é capaz de prever os riscos de cancelamento de acordo com o comportamento dos clientes.

Pandemia impulsiona vendas
A SenseData tem contratos com empresas que variam dos 4 mil reais (604 euros) aos 50 mil reais (7 mil euros) por mês. Hoje, são aproximadamente 120 as empresas que têm contrato com a start-up. A digitalização exigida pela pandemia ajudou a atrair um número e uma variedade maior de empresas. No período de janeiro, a equipa passou de 35 para 60 – e há 15 vagas abertas.

Após faturar 3,8 milhões reais (574 mil euros) em 2019, a SenseData prevê chegar aos 6,5 milhões de reais (982 mil euros) este ano.

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