Robótica: as start-ups promissoras que estão a surgir na Europa

A Europa está a produzir algumas start-ups promissoras no campo da robótica e da IA. Apresentamos 10 casos que podem vir a dar que falar.

É comummente aceite que a robótica e a inteligência artificial vão mudar o mundo e a ideia de colaboração entre pessoas e máquinas é cada vez mais aceite. Ao olharmos para o panorama europeu, as start-ups que estão a trabalhar nesta área e a desenvolver soluções inovadoras, registam crescimentos consistentes, obtêm rondas de financiamento e reconhecimento internacional. O Eu-Startups compilou alguns dos projetos que considera promissores em 2020.

Furhat Robotics
A Furhat Robotics dedica-se a criar a próxima geração de robôs sociais. O robô criado pela Furhat usa um sistema de projeção para exibir expressões faciais realistas numa tela em forma de cabeça, enquanto fala, ouve, mostra emoções e mantém contato visual, suportado pelo mecanismo de IA de conversação desenvolvido pela empresa. Com o objetivo de tornar as interações homem-robô mais naturais, a empresa recebeu até agora mais de 2,4 milhões de euros.

Smart Robotics
A Smart Robotics é holandesa e desenvolve robôs colaborativos modulares (os cobots), apoiados por software independente baseado em IA para ser usado em setores como logística, embalagem, comércio eletrónico, farmácia e outros. Os “cobots” podem ser configurados em poucos minutos para executar tarefas específicas. Fundada em 2015 como um spin-off da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, a start-up chamou a atenção em  2019, aumentando um investimento da Série B, apoiado pela Toyota, para acelerar o lançamento de produtos.

Axiles Bionics
É uma spin-off da Free University de Bruxelas que está a desenvolver o AMP-Foot, uma prótese robótica inteligente de tornozelo-pé para amputados. Após 10 anos de investigação que juntou robótica avançada e biomecânica humana, a start-up conseguiu desenvolver uma tecnologia que possibilita que os utilizadores voltem a caminhar. No ano passado, a start-up concluiu uma ronda de financiamento da Série A de 2,4 milhões euros para melhorar a qualidade de vida de pessoas com amputações dos membros inferiores.

CMR Surgical
Desenvolveu um robô cirúrgico baseado no braço e punho humanos, mas com destreza e precisão superiores. Designado Versius, foi projetado para fornecer aos cirurgiões braços robóticos que permitem realizar vários procedimentos minimamente invasivos. O projeto foi criado há oito anos e no ano passado foi apoiado por uma ronda da Série C de 218 milhões de euros.

Exotec Solutions
Para facilitar as compras online, uma empresa francesa está a desenvolver robôs que agilizam a recolha de mercadoria. Os Skypods são máquinas robóticas que podem transportar uma caixa de formato padronizado com uma carga útil de 30 kg. São capazes de subir e descer e agarrar caixas nas prateleiras. A Exotec Solutions existe desde 2015 e já levantou mais de 20 milhões de euros para revolucionar às operações logísticas de armazém.

Medical Microinstruments
Este é um projeto italiano que está a dar cartas na área da microcirurgia. A empresa desenvolveu um robô cirúrgico teleoperado, assim como micro-instrumentos para procedimentos microcirúrgicos, que eliminam tremores e escala de movimento. O objetivo não é apenas simplificar os procedimentos, mas permitir que os cirurgiões realizem procedimentos mais complexos, e aumentar a taxa de sucesso cirúrgico. Em 2018, a empresa levantou 20 milhões euros em financiamento da Série A para disponibilizar comercialmente os produtos.

No Isolation
Sedeada em Oslo, Noruega, a No Isolation está a desenvolver uma forma inteligente de apoiar crianças socialmente isoladas devido a doenças de longa duração. Um robô chamado AV1, funciona como uma espécie de avatar pequeno e portátil, com áudio e câmara bidirecional, e mantém as crianças em contacto com a sala de aula. O AV1 pode levantar e abaixar a cabeça, girar 360 graus e permitir que as crianças respondam a perguntas, mantenham conversas, façam visitas de estudo e participem de festas de aniversário. Com 6,1 milhões de euros em financiamento, o No Isolation quer acabar com a solidão das crianças.

Rovenso
Neste caso, o projeto consiste no desenvolvimento robôs para monitorização e avaliação de segurança edetecção de anomalias em instalações industriais. O robô em causa designa-se ROVéo e é equipado com  análise acústica e extração de recursos térmicos e visuais para detetar até as menores anomalias. Além disso, pode adaptar-se a escadas e terrenos difíceis. Este aparelho tem como objetivo evitar o envio de pessoas para locais perigosos. No final de 2019, a Rovenso recebeu 2,3 milhões de euros em financiamento.

Stanley robotics
Criado em 2015 em Paris, o Stan é um robô que eleva os carros, armazena-os num espaço seguro para estacionamento e devolve o veículo assim que o proprietário requisita o veículo. Já está em funcionamento no aeroporto de Lyon-Saint-Exupéry, em França, e em Gatwick, no Reino Unido. Este sistema de estacionamento autónomo é cómodo e seguro para os viajantes, ao mesmo tempo que facilita a organiza a utilização do espaço de estacionamento.

Tibot Technologies
A francesa Tibot desenvolve soluções robóticas para empresas de avicultura. Atualmente, a start-up tem duas soluções: o Spoutnic, um robô recarregável, projetado para aumentar o desempenho técnico e económico das operações de aves e melhorar as condições de trabalho do criador; e o Spoutnic NAV, que utiliza um sistema de navegação interna para estimular o movimento das aves e renovar a areia. Grandes players como a Hubbard, Le Helloco, Agrial, LDC e Prodavi já utilizam estes robôs.