Opinião
Quando o sonho “comanda” nas empresas o sucesso acontece

O sonho comanda a vida. Já o dizia o poeta António Gedeão. O sonho comanda também as organizações, o seu sucesso, ou à falta dele, o insucesso. Nas organizações os sonhos são conhecidos como visões. Devemos sonhar todos e o sonho deve ser alimentado e ganhar forma todos os dias. Se assim for haverá progresso e o alinhamento estratégico necessário.
O sonho começa com o líder. Se um líder não sonha condena a empresa e todos os que dela dependem ao fracasso e mediocridade. É duro, mas é verdade. Porque um sonho ou visão é por natureza grande e aspiracional, motiva, galvaniza e foca! Tira o melhor de cada um de nós. Foca equipas e recursos. Dá clareza na gestão e na tomada de decisões e gera um efeito multiplicador. Por contraponto, na ausência de uma visão clara, cada um cria a sua, ou pior ainda, entram todos num “ram ram” como se fossem zombies a fazer maquinalmente aquilo que sempre fizeram mesmo quando isso já se revela totalmente desadequado.
É, portanto, ao líder que cabe o papel principal de inspirar e dar espaço para que toda a organização co-construa a visão.
A existência de uma visão faz sentido em todas as organizações, independentemente da dimensão, do estado de maturidade do negócio, da situação financeira em que se encontram. Digo mais, quanto mais difícil estiver a situação mais necessário se torna a existência do sonho. Porque a mentalidade da organização, sai do ciclo de sobrevivência, de evitar a perda para passar a estar na criação, adaptação, invenção, ainda que com os mesmos ou mesmo menos recursos. Sonhar é necessário em empresas em modo de turna round, de start-ups, em empresas em crescimento (para não ficarem na zona mortal, a zona de conforto), em empresas familiares pequenas… em suma, em todas. A capacidade de imaginar algo melhor e a esperança de o conseguir são absolutamente fundamentais. Sem nunca perder a aderência à realidade atual, à leitura atenta dos números e tendências.
Será difícil sonhar? Exige contratação de grandes empresas externas para o fazer? Quem tiver recursos para o fazer e quiser fazer um processo mais guiado, pode fazê-lo. Mas quem não o tem, pode também. O mais difícil na maioria dos casos é mesmo reconhecer a importância de sonhar. Para muitos parece uma perda de tempo, por vezes a começar pelo líder, tão preocupado com o dia a dia que deixou de ser capaz de ver mais além da realidade que tem hoje.
As verdadeiras lideranças vão além das circunstâncias e são capazes de criar uma nova realidade, no contexto económico presente, com os recursos de que dispõem. Conseguem imaginar uma realidade diferente, e a partir daí começam a apaixonar-se e apaixonar as equipas e a co-criar o sonho.
As pessoas apoiam aquilo que ajudam a criar.
Não há nada mais poderoso numa organização do que uma equipa diversa a sonhar. São incríveis os níveis de energia, inspiração e ação conseguidos. Voltar continuamente ao sonho como motor para a ação é algo fundamental para os líderes que querem não apenas gerir o status quo, com margens incrementais, mas que querem transformar.
A nossa sociedade não o valoriza suficientemente o sonho. Mais ainda atualmente em que de certa forma existe a ditadura dos dados. E se os dados nos indicam que no passado não aconteceu, então dizem os entendidos, não deve ser possível.
Está errado! Os dados apenas nos dizem que ainda não foi possível. Provavelmente necessitamos de ter novas abordagens, envolver pessoas diferentes, usar recursos novos ou com uma nova configuração.
Sonhem. Sonhemos em conjunto. Não há sonhos impossíveis.
Como dizia Mandela: “Só é impossível até ser feito”.
Trabalho numa empresa onde todos os dias vejo o poder do sonho em ação.
Trabalho para apoiar mulheres empreendedoras a criar o seu negócio como plataforma para conquistarem um estilo de vida e benefícios para a sua família. O meu trabalho é alimentado pelo sonho de cada uma e em ajudá-las a criar o caminho e estratégias para o conseguir. As histórias de superação e crescimento são incríveis.
I have a dream… we have a dream? Qual é o seu? E o da sua empresa e equipa?
Invista na resposta a estas perguntas. Vai ser uma jornada transformadora, divertida e entusiasmante!