Portugal cumpre meta do PRR com mais de 5 mil start-ups ativas

Portugal ultrapassa as 5 mil start-ups ativas, um aumento de 8%, segundo novo relatório da Startup Portugal, que avança ainda que o volume de negócios do setor atinge 2.856 milhões de euros e o salário médio sobe para 2.200 euros.

A Startup Portugal, entidade responsável por impulsionar o ecossistema empreendedor nacional, anunciou os dados do relatórioPortugal’s Startup Ecosystem 2025: From Growth to Consolidation”, desenvolvido em conjunto com a Informa D&B. O estudo revela que Portugal atingiu o objetivo do PRR, ultrapassando as 5 mil start-ups ativas em todo o território nacional, e que o ecossistema nacional entrou numa nova fase de consolidação e maturidade.

De acordo com os dados apresentados, o número de start-ups ativas aumentou 8% face a 2024, acompanhando uma evolução positiva em praticamente todos os indicadores económicos. O volume de negócios total do setor ascendeu a 2.856 milhões de euros (+9%), com as start-ups a empregarem cerca de 28 mil pessoas (+8%) e a gerarem 1,5% das exportações nacionais, no valor de 1.571 milhões de euros.

Os resultados agora apresentados confirmam que Portugal está no caminho certo. O país ultrapassou as 5 mil start-ups, cumprindo a meta definida no PRR e reforçando a importância deste ecossistema para a economia nacional. Este crescimento é sinal da confiança que empreendedores, investidores e parceiros internacionais depositam em Portugal. Continuaremos a trabalhar quer com a Startup Portugal, quer com todo o ecossistema para assegurar que este dinamismo se traduz em mais escala, mais inovação e mais emprego qualificado”, afirma João Rui Ferreira, Secretário de Estado da Economia.

O salário médio mensal nestas empresas subiu para 2.200 euros, o que representa uma diferença positiva de 81% face à média nacional, reforçando o papel das start-ups na criação de emprego qualificado e na valorização do talento.

O ecossistema de startups em Portugal atingiu um marco importante. Entrámos agora numa fase de consolidação, em que o foco deve estar na qualidade, na escala e no impacto”, sublinha Alexandre Santos, Presidente da Startup Portugal. “As start-ups são uma componente estrutural da economia portuguesa: criam emprego qualificado, exportam inovação e atraem talento de vários cantos do mundo”, acrescenta.

O relatório indica também que cerca de 70% das start-ups foram criadas nos últimos cinco anos, o que confirma a vitalidade e capacidade de renovação do ecossistema.

Em 2025, a Startup Portugal lançará também a Plataforma Nacional de Mapeamento do Ecossistema de Startups, que reunirá, pela primeira vez, dados de start-ups, incubadoras, investidores e entidades públicas num único ponto de acesso. Esta será uma ferramenta de política pública baseada em dados, que promoverá transparência, monitorização contínua e melhor tomada de decisão.

O relatório mostra ainda que Portugal mantém ou melhora a sua posição na maioria dos rankings internacionais – incluindo o Global Innovation Index, o StartupBlink Global Ecosystem Index e o EU Startup Nations Standards – reforçando a reputação do país como um ecossistema competitivo, estável e atrativo.

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