O que vai mudar no mercado de trabalho em 2026? Fórum Económico deixa algumas pistas.

O relatório “Chief People Officers Outlook”, do Fórum Económico Mundial, destaca que a integração de IA centrada no ser humano, estratégias ágeis de talentos e liderança capacitada podem ajudar as organizações.

Elaborado com base na consulta a uma comunidade de mais de 130 líderes globais do Fórum Económico Mundial (WEF), o relatório “Chief People Officers Outlook“ explora as prioridades para a construção de forças de trabalho resilientes, inclusivas e capacitadas pela tecnologia, numa perspetiva do que pode mudar no mercado de trabalho no próximo ano.

Em meados deste ano, 42% dos diretores de RH previam que em 2026 não haveria mudanças nas atuais condições incertas do mercado de trabalho, refletindo cautela no curto prazo face às oportunidades de transformação a longo prazo. Mais, constatou-se que as mudanças nas expectativas dos trabalhadores e a rápida adoção da IA ​​estão a remodelar a forma como as organizações planeiam, contratam e projetam o trabalho.

E nessa medida, o relatório identifica três imperativos estratégicos atuais, a saber: importância de redesenhar as estruturas organizacionais e os cargos, fortalecer a cultura e o propósito da empresa e promover a implantação intencional e responsável de IA na força de trabalho.

Simultaneamente, o “Chief People Officers Outlook” evidencia a forma como a integração da inteligência artificial centrada no ser humano, as estratégias ágeis de talentos e uma liderança capacitada podem ajudar as organizações a ultrapassar disrupções, a melhorar o pipeline de talentos e posicionar a função das pessoas na vanguarda da transformação da força de trabalho global.

Realizada com base em dados recolhidos entre maio de junho deste ano, esta pesquisa conclui que a volatibilidade geopolítica e económica, que os rápidos avanços tecnológicos, as mudanças demográficas e a evolução do trabalhador estão a remodelar os mercados de trabalho.

Os dados e perspetivas partilhados apontam o caminho da mudança: as organizações estão a repensar as suas estruturas organizacionais, a sua cultura e a redesenhar os modelos de trabalho, priorizando a integração da IA na força de trabalho. E embora esta seja uma transição complexa, de acordo com o “Chief People Officers Outlook” representa uma oportunidade para construir um mundo do trabalho mais resiliente, inclusivo e ágil. Um processo que exigirá colaboração, inovação e uma agenda partilhada entre todas as partes interessadas e no qual os diretores de RH têm um papel critico.