Nova marca de dispositivos inteligentes fecha ronda de 15 milhões liderada pela Google Ventures

Nothing, a empresa criada por Carl Pei, fundador da marca de smartphones OnePlus, foi lançada há duas semanas e acaba de fechar uma ronda de investimento de 15 milhões de dólares (cerca de 12 milhões de euros).
O secretismo e as poucas informações são por enquanto as grandes atrações da Nothing, a nova empresa de Carl Pei, cofundador da marca chinesa de smartphones OnePlus.
A Nothing foi apresentada a 27 de janeiro como uma empresa de ‘dispositivos inteligentes’ e duas semanas depois anuncia que acaba de fechar uma ronda de financiamento de 15 milhões de dólares (cerca de 12 milhões de euros) liderada pelo braço de capital de risco da Alphabet, a Google Ventures, avança a Bloomberg.
O jovem Pei, fundou a OnePlus em 2013 com apenas 24 anos com Pete Lau, depois de ambos terem trabalhado na empresa Oppo. Mas, em outubro do ano passado, o empresário anunciou que ia deixar a OnePlus para iniciar um novo projeto.
O novo projeto foi anunciado no final de janeiro, com forte apoio do setor de tecnologia. O anúncio foi feito logo após uma ronda de financiamento inicial de 7 milhões de dólares (cerca de 6 milhões de euros) em dezembro de 2020, que incluiu personalidades e investidores conhecidos, como Tony Fadell (criador do iPod), Casey Neistat (famoso YouTuber), Kevin Lin (cofundador do Twitch), Steve Huffman (CEO da Reddit) e Josh Buckley (investidor na Applied Intuition e CEO da Product Hunt).
Treze dias depois, a “empresa de eletrónica de consumo com sede em Londres” – como foi apresentada – recebe uma segunda ronda de investimento liderada pela Google Ventures.
“Estamos gratos por ter uma empresa de capital de risco deste calibre a ajudar-nos a construir a Nothing”, disse Carl Pei, CEO e cofundador da Nothing.
No total, a empresa já angariou 22 milhões de dólares (18 milhões de euros) em dois meses e promete não ficar por aqui. Pei revelou que prevê abrir a sua primeira ronda de investimentos (Série A) à comunidade e ao público em geral nas próximas semanas.
“Temos um plano de crescimento muito agressivo para a empresa, principalmente em termos de P&D e design, a fim de atingir o nosso objetivo de eliminar barreiras entre pessoas e tecnologia”.
De acordo com Pei, a tarefa de eliminar barreiras responde a um desejo de se aproximar de um futuro onde a tecnologia é “nada”. “A missão da Nothing é criar um futuro digital fluido. Acreditamos que a melhor tecnologia é bela, mas natural e intuitiva. Quando avançada o suficiente, ela deve desaparecer no segundo plano e aproximar-se do nada (Nothing).”
A Nothing tem como objetivo lançar os seus primeiros produtos ainda no primeiro semestre deste ano.