Millennials somam mais património que a Geração X e os Baby Boomers

A geração nascida entre 1981 e 1996, conhecida como milliennials, está a ultrapassar as anteriores em termos de património líquido e posse de ativos
Contrariamente à ideia corrente de que os millennials (pessoas com idades entre os 26 e 41), têm sido das gerações mais prejudicadas pelas crises económicas dos últimos anos, uma pesquisa realizada pela LendingTree mostra que, afinal, esta é a geração “mais rica”, a que acumula mais património líquido e ativos. Apesar de terem enfrentado a crise económica de 2008 e a pandemia provocada pela Covid-19, esta geração parece estar a superar financeiramente as anteriores, a mostrar resiliência financeira e a consolidar a sua posição como uma das gerações mais bem preparadas até agora.
Segundo o estudo, em 2022 os millennials tinham um património líquido médio de 84.941 mil dólares, 8,4% mais do que o da geração X (nascidos entre 1965 e 1980) na mesma idade em 2007, e ainda 46% mais do que os baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) em 1989. Em suma, os números apurados pela LendingTree contrariam a imagem de que esta geração poderia estar financeiramente em desvantagem face às outras referidas.
Simultameamente, e a par do património líquido, a geração milliennials também acabou por superar as restantes na posse de ativos. A pesquisa mostra que, em 2022, 99,3% dos millennials possuíam algum tipo de ativo (dinheiro, imóveis ou investimentos, por exemplo), contra os 97,5% alcançados pela geração X e os 93,8% dos Boomers, quando analisados estágios de vida semelhantes.
E apesar de, em termos absolutos, os millennials terem despesas anuais médias elevadas, na ordem dos 67.883 mil dólares, eles também são a geração mais conservadora em relação aos seus rendimentos. A análise revela que, em 2022, esta geração destinou apenas 75,8% dos seus rendimentos para despesas, contra os 83% e os 91% da Geração X e dos Boomers, respetivamente. Percentagem que indicia um maior controle financeiro dos primeiros, bem como o facto de darem prioridade à poupança e aos investimentos.
Outro indicador contemplado nesta análise da LendingTree refere-se à “grande transferência de riqueza”, ou seja, ao facto das gerações mais jovens herdarem, num futuro próximo, a riqueza acumulada pela geração mais velha. E, também neste ponto, os especialistas entendem que os millennials serão beneficiados, o que, potencialmente, os pode vir a tornar na geração mais rica da história.