Líderes estão preocupados com os objetivos ESG, diz relatório
O relatório “Directors Can Up Their Game on Environmental, Social and Governance Issues: The BCG-INSEAD Board ESG Pulse Check” mostra que os responsáveis revelam grande ceticismo sobre a capacidade de cumprir as ambições de ESG.
Mais de 40% dos diretores inquiridos no estudo da Boston Consulting Group (BCG) e do INSEAD Corporate Governance Centre, identificam a capacidade de execução das empresas como uma das maiores ameaças para melhorar o desempenho de ESG. Por sua vez, apenas 55% dos diretores de empresas que estabeleceram um compromisso de descarbonização da sua atividade relatam que a sua empresa preparou e publicou um plano para atingir esse objetivo.
Estas são algumas conclusões do Directors Can Up Their Game on Environmental, Social and Governance Issues: The BCG-INSEAD Board ESG Pulse Check” no qual ficou patente que as questões de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), incluindo o clima e a diversidade, estão a dominar a agenda dos líderes empresariais em todo o mundo, mas que estes enfrentam uma grande pressão para aumentar a supervisão da execução das suas estratégias. Ou seja, os responsáveis estão céticos quanto à capacidade de cumprirem as ambições de ESG, pelo que é fulcral focar nos temas passíveis de materializar e torná-los numa vantagem e fonte de valor para as empresas, sugere o relatório.
As alterações climáticas estão entre as três principais prioridades de ESG em termos de impacto financeiro esperado para as oito indústrias analisadas no inquérito, exceto a de Saúde, e é a primeira prioridade para as de consumo, bens industriais, energia e serviços públicos.
De acordo com a análise, 70% dos diretores declararam que são apenas moderadamente eficazes na integração dos ESG na estratégia e governance das suas empresas. A par disso, os inquiridos do estudo identificam a falta de conhecimento, de dados e de competências do conselho de administração como a principal barreira à supervisão eficaz de ESG. 47% acredita que a sua administração tem competência e experiência suficientes para desafiar a gestão em relação a planos de ESG e exercer a supervisão sobre a sua execução.
A realização de pontos de situação regulares com um executivo interno com responsabilidade por ESG (48%) e outros pontuais com peritos externos (40%), são algumas das medidas que os conselhos de administração estão a tomar para colmatar as lacunas e complementar os seus conhecimentos nestas matérias.
Quando se trata de alinhar a estratégia empresarial a longo prazo com os desafios ESG, 91% dos diretores dizem que a administração deveria concentrar-se mais na melhoria da reflexão estratégica do que na monitorização das operações. Ainda assim, menos de metade desses 91% sentem que são eficazes na condução dessa reflexão estratégica.








