Laboratórios colaborativos nacionais já geraram 562 empregos

Financiamento proveniente de vendas e prestação de serviços dos laboratórios colaborativos CoLAB aumentou mais de 200% entre 2019 e 2020, segundo avança relatório da Agência Nacional de Inovação.
A rede de laboratórios colaborativos CoLAB continua a crescer, espalhar-se pelo país e envolver cada vez mais entidades, revela o relatório anual de balanço da Agência Nacional de Inovação, apresentado num evento que decorreu esta semana em Aveiro. Os dados apurados mostram que existem já 35 laboratórios nesta rede, que envolvem cerca de 300 entidades e que permitiram gerar 562 empregos.
Segundo dados da ANI, que acompanha e monitoriza a atividade dos CoLAB, as empresas representam 46% dos associados, com um aumento expressivo da representação das PME, que passaram para 121 (mais 46 do que em 2020).
O 2º Relatório de Acompanhamento “Laboratórios Colaborativos – Evolução e integração em Portugal e na Europa” avança ainda que o financiamento proveniente de vendas e prestação de serviços aumentou de 2,2 milhões de euros para 2,9 milhões de euros entre 2019 e 2020. Este crescimento exponencial, superior a 200%, evidencia a crescente procura do mercado para as atividades, serviços e tecnologias oferecidas pelos CoLAB, explica a ANI em comunicado.
Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, os CoLAB têm- se revelado uma “oportunidade para que as instituições científicas e académicas, em estreita colaboração com atores económicos, sociais e culturais, contribuam para a construção, em Portugal, de projetos de relevância internacional, com impacto efetivo na sociedade, estimulando a criação de emprego qualificado no país.”
Já Joana Mendonça, presidente da ANI, afirma que “se pensarmos na rede densa de instituições de I&D em que os Laboratórios Colaborativos se integram e no facto de os mesmos estarem orientados para a implementação de soluções efetivas e com impacto socioeconómico para resolver problemas complexos e de grande dimensão das empresas, percebemos que os resultados que o relatório da ANI apresenta são um forte incentivo para continuar a apostar nesta via”.
Em 2019, foram os laboratórios do setor agroalimentar que mais geraram receitas próprias (44% do total). Em 2020, os CoLAB que atuam nas áreas de Energia e Sustentabilidade geraram 37% das receitas e os da Saúde 31%.
Os CoLAB estão distribuídos por todo território nacional, com predominância na região Norte (38%), na Área Metropolitana de Lisboa (33%) e na região Centro (18%), tendo contribuído para a criação direta de 562 empregos altamente qualificados, 30% dos quais ocupados por doutorados.