Influencers das redes sociais na mira da Comissão Europeia
A Comissão Europeia vai intensificar a vigilância sobre as práticas comerciais dos influenciadores das redes sociais, um mercado que ronda os 20 biliões de euros.
As práticas comerciais dos influenciadores de redes sociais vão estar sob observação da Comissão Europeia (CE) de forma a proteger os consumidores. A informação foi avançada pela Reuters esta semana, e fala de um mercado estimado em 20 biliões de euros que, a partir de agora, terá uma vigilância mais apertada da CE. Isto porque os chamados influencers, que podem ser ou não celebridades, com um alto número de seguidores em redes sociais como o TikTok ou o Instagram, por exemplo, podem receber das empresas elevadas quantias para promover os seus produtos ou serviços, uma realidade à escala mundial e que os reguladores têm procurado solucionar de modo a melhorar a proteção dos consumidores. Por isso, a Comissão Europeia anunciou em comunicado, referiu a Reuteurs, que nas próximas semanas trabalhará com diferentes autoridades nacionais para examinar publicações online de forma a identificar testemunhos e recomendações de produtos que sejam enganosos.
Didier Reynders, Comissário da UE, lembrou que “o negócio dos influenciadores está a prosperar e muitos consumidores, frequentemente jovens ou até mesmo crianças, confiam nas suas recomendações”. E alerta que esse modelo de negócio também envolve obrigações legais. “Os influenciadores também devem seguir práticas comerciais justas, e os seus seguidores têm o direito de receber informações transparentes e confiáveis”.
Recorde-se que, já este ano, a Austrália afirmou que a maioria das publicações dos influenciadores do país pode ter violado as normas de publicidade relativamente à divulgação de pagamentos, e que no México um grupo de defensores das crianças desafiaram o governo a criar regras para evitar que os influenciadores promovam produtos alimentares considerados “junk food” através de publicidade enganosa nas redes sociais.








