Ex-funcionário da Apple explica como aplica lições de Tim Cook na sua start-up
Soroush Salehian trabalhou em grupos de projetos especiais na Apple antes de criar a sua start-up. Com Tim Cook, CEO da Apple, aprendeu a importância de adotar uma abordagem baseada na qualidade dos seus produtos que aplica na Aeva.
A Apple tornou-se na empresa mais valiosa do mundo sob o comando de Tim Cook, expandindo o alcance global dos seus produtos e desenvolvendo serviços para torná-los mais atraentes.
Soroush Salehian integrou o grupo de projetos especiais da Apple durante quatro anos antes de cofundar a start-up Aeva, em 2017. Trabalhar com Tim Cook reforçou uma lição que Salehian aprendeu com outros executivos ao longo da sua carreira, nomeadamente a importância de se focar na qualidade dos seus produtos, explicou o empreendedor à Business Insider:
Desenvolver um produto inovador e de alta qualidade que traga valor aos clientes é um desafio, diz Salehian, acrescentando que “fazê-lo de forma consistente requer uma compreensão do que se quer e foco em obter resultados”.
“Acho que é isso que realmente separa o bom do excecional”, explica Salehian. Para trazer essa abordagem para a Aeva, Salehian e a outra cofundadora, Mina Rezk (também ex-funcionária da Apple) começaram por certificar-se de que a empresa não estava sobrecarregada de projetos e identificaram os pontos fortes da start-up.
A ideia principal da Aeva é melhorar a capacidade de perceção de veículos e produtos eletrónicos de consumo através de sensores LiDAR (Light Detection And Ranging, na sigla em inglês), que refletem os raios de luz em objetos próximos e medem a distância a que se encontram. A empresa adotou uma abordagem diferente dos seus concorrentes, que para Salehian permitiu que o sensor absorvesse mais informações e usasse em simultâneo menos energia.
Embora a Aeva planeie vender primeiros os seus sensores a fabricantes de automóveis e fornecedores (já assinou acordos com a Audi e ZF Friedrichshafen) para aumentar o desempenho dos seus sistemas automatizados de direção e assistência ao motorista, a empresa quer alcançar também a indústria dos telefones, tablets e dispositivos de saúde, visando melhorar os recursos de realidade aumentada e medir as informações biométricas.
Salehian acredita que os sensores transformarão a tecnologia de consumo da mesma forma que as câmaras coloridas, porque criam uma “nova maneira de ver o mundo”. O seu ex-chefe expressou um entusiasmo semelhante sobre os sensores LiDAR: a Apple adicionou-os aos seus novos iPhones e iPads, chamando-os de uma “inovação” que “permite recursos nunca antes possíveis em qualquer dispositivo móvel”.
A Aeva prepara-se para receber um investimento de 200 milhões de dólares (163 milhões de euros) de um fundo sediado em Hong Kong, o Sylebra Capital Management. O acordo deve ser concluído no primeiro trimestre deste ano, avançou a Bloomberg.








