Como poupar no crédito à habitação: 5 dicas que fazem a diferença
Contrair um crédito à habitação vai além da prestação mensal. Compreender todos os custos envolvidos — desde impostos e seguros até comissões e registos — pode poupar centenas ou mesmo milhares de euros às famílias. A Simplefy apresenta cinco dicas essenciais para gerir melhor este investimento.
Assumir um crédito à habitação é um dos passos financeiros mais importantes para a maioria das famílias. Num contexto económico desafiante, com os custos com a habitação a assumirem um peso cada vez maior no orçamento familiar, é crucial ver para além da prestação mensal no momento de contrair um empréstimo e compreender todos os valores envolvidos para tomar uma decisão informada e poupar dinheiro.
Neste contexto, a Simplefy preparou cinco orientações para reduzir alguns dos encargos com o crédito à habitação.
1. Negociar valores da comissão de dossier
A comissão de dossier é um valor único cobrado pelo banco no início do contrato de crédito habitação. Serve para cobrir os custos administrativos da análise e formalização do pedido, e o valor varia significativamente entre instituições (entre 150€ e 600€ ou até 0€ em alguns bancos). Nestes casos, negociar com o banco, comparar propostas (alguns bancos oferecem 0€ para atrair clientes) e estar atento a campanhas de isenção pode ajudar a reduzir o valor.
2. Fazer registos e escritura em simultâneo
Os registos são custos obrigatórios e subdividem-se em registo predial da compra (transmissão de propriedade) e o registo da hipoteca (garantia para o banco). Fazem-se na Conservatória do Registo Predial ou no Balcão Casa Pronta, sendo que os custos médios são de cerca de 250 a 500 euros no total. A escritura é também obrigatória e corresponde ao ato jurídico que formaliza a compra e venda do imóvel e a constituição da hipoteca. Pode ser realizada em Cartório, Balcão Casa Pronta ou com advogado. Utilizar o registo online através de profissionais (advogados/solicitadores) pode reduzir os custos, bem como fazer a escritura e os registos em simultâneo, e conferir previamente toda a documentação para evitar retificações são formas de evitar custos extras.
3. Simular valor do IMT
O IMT é um imposto único, que incide sobre a compra de bens imóveis, e é pago ao Estado antes da celebração do contrato de compra e venda. O valor a pagar depende do valor do imóvel, finalidade, tipo de imóvel e isenções aplicáveis. Antes de comprar casa, deve-se simular o valor do IMT no site das Finanças. É ainda de ressalvar que este imposto é diferente do Imposto do Selo, que também é cobrado na compra e deve ser pago na mesma altura.
4. Simular valor do Imposto de selo
O Imposto do Selo é cobrado ao comprador no momento da escritura e pode incidir sobre duas situações: compra do imóvel, em que a taxa é aplicada sobre o valor mais elevado entre o valor de aquisição e o valor patrimonial tributário; empréstimo bancário, quando se contrata um crédito habitação, o Imposto do Selo é aplicado sobre o valor do financiamento, de acordo com uma taxa fixa prevista por lei. O pagamento deste imposto é feito através do Portal das Finanças ou presencialmente nas repartições. Ter uma simulação dos custos totais da escritura, incluindo IMT e Imposto do Selo, é útil para prever os custos.
5. Comparar preços de seguros
Quando se contrata um crédito à habitação, a lei obriga a que existam determinadas coberturas para proteger tanto o banco como o cliente. O seguro de vida garante o pagamento da dívida ao banco se o titular falecer ou ficar inválido permanentemente. O prémio varia consoante a idade, o capital em dívida, o prazo do empréstimo e o estado de saúde. Para economizar, é importante comparar propostas, ajustar o seguro à medida que a dívida diminui e evitar coberturas desnecessárias.
O seguro multirriscos protege o imóvel contra incêndios, inundações e outros danos, podendo também cobrir o recheio em algumas apólices. O valor do seguro depende do custo de reconstrução e das coberturas escolhidas. Para reduzir o custo, confirmar a cobertura mínima exigida pelo banco, ajustar o capital segurado ao valor real de reconstrução, aceitar franquias mais altas (o que pode baixar o prémio) e comparar preços anualmente é essencial.








