BlockStart: 10 start-ups já estão a desenvolver protótipos baseados em blockchain
A seleção foi feita através de videoconferência e terminou com a escolha de 10 start-ups que vão começar a trabalhar os seus protótipos.
O consórcio europeu BlockStart, liderado pela Bright Pixel, já escolheu as 10 start-ups nas áreas de fintech, retalho e tecnologias da informação e comunicação que, nos próximos quatro meses, vão desenvolver os seus protótipos, e receber até 20 mil euros em financiamento equity free e mentoria.
Ficou assim concluída a primeira cal deste projeto europeu que visa incentivar a adoção da tecnologia de blockchain pelas pequenas e médias empresas (PMEs). No total candidataram-se 90 start-ups, de 30 países. Destas apenas 20 foram selecionadas e 10 tiveram luz verde para passar para a fase de desenvolvimento de protótipo. Após este período, os cinco melhores projetos serão implementados pelas PMEs participantes.
O pitch, que teve de ser adaptado para um formato online, reuniu mais de 70 participantes, entre start-ups, PMEs e outros peritos nesta tecnologia, para decidir os primeiros projetos que ganharão forma nos próximos meses.
Entre as 10 selecionadas estão a 2bSmart, com um módulo de simulação usando smart contracts para acelerar a adoção de tecnologia de blockchain (distribution ledger technologies – DLT), e a Euroledger Solutions, uma plataforma de reputação que permite que os vendedores usem comentários de um marketplace para outro e que os marketplaces importem as classificações dos vendedores da Amazon, eBay ou Etsy. Atuam as duas na área do retalho.
Na área de fintech foram escolhidas a Cropt, uma start-up que apoia as seguradoras com dados recolhidos a partir de imagens satélite, meteorologia, entre outros, para confirmar os danos apresentados por agricultores, e usa machine learning para prever a produção; a INFI dApp, um sistema de encomendas integrado que regista faturas através da tecnologia de blockchain; e a ainda a Bright Habitat, uma plataforma de pagamento e negociação de criptoativos.
A Datarella, que desenvolve soluções de tracking de bens humanitários; a Inova DE, que monitoriza as condições da fruta, dos vegetais e da produção animal, através de Internet of Things (IoT); e a Kedeon, que mede a qualidade em distribuição de frio, integram o setor da distribuição.
Foram ainda escolhidas a Rexs.io, um serviço de registo que serve como um escudo de confiança de dados, como streams de IoT, feeds de vídeo ao vivo, documentos ou imagens, e a Xylene, que usa a tecnologia de blockchain para importadores e produtores procurarem matérias-primas sustentáveis em mercados regulados.
Entre as PME selecionadas e que poderão implementar os projetos que estão agora a ser desenvolvidos e introduzir a tecnologia de blockchain nos seus serviços, encontram-se duas portuguesas: a Vawlt, uma solução de otimização de gestão e armazenamento de dados; e a Azzur Portugal, uma empresa que oferece serviços de contabilidade, consultoria de negócios, assessoria fiscal e recuperação de empresas. A estas juntam-se ainda as internacionais, CAM Engineering, CopyRage, Latitudo 40, Lift4Food, ELDRO TECHNOLOGIE, Tickets for Good, We Encourage e a Poljoprivredno Gazdinstvo.
“Estamos expetantes para ver os protótipos que serão desenvolvidos e como se materializam na prática. Reconhecemos imenso potencial nas equipas selecionadas e no que se propõem a alcançar,” afirmou Benjamin Júnior, coordenador do programa na Bright Pixel.








