Americana construiu negócio que ajuda jovens a entrar na faculdade
A entrada na faculdade é algo que merece ser celebrado. Mas o processo até lá chegar pode ser desafiante. Eis a história de Neha Gupta, que viu nesta questão uma oportunidade de negócio e partilha alguns dos segredos que levaram ao seu sucesso.
Em 2007, Neha Gupta acabara de se graduar. A memória ainda estava fresca no que dizia respeito ao processo de candidatura à faculdade: era uma experiência confusa que provocava discussões acesas com os seus pais. A recém-licenciada que estava a precisar de encontrar um meio de subsistência, começou então a vender serviços de apoio a pais e estudantes, de forma a conseguirem ultrapassar o intenso e complicado processo de candidatura à faculdade. A sua carteira de clientes cresceu e Gupta fundou a College Shortcuts.
Hoje, este negócio de Houston, no Texas, emprega cerca de 100 funcionários qualificados que ajudam jovens de todas as áreas dos EUA, nomeadamente a encontrar as melhores escolas. Gupta atribui o seu sucesso a cinco passos fundamentais, de acordo o Entrepeneur.
1. Passe a Palavra
“A College Shortcuts começou com um investimento de 500 dólares [448 euros] e um logotipo realmente feio”, conta Gupta. “Tive a ajuda de uma amigo que era designer gráfico, mas era mesmo horrível. Não tínhamos nada. O número de telefone anunciado no nosso site era o do meu telemóvel pessoal”, acrescenta. Para impulsionar os primeiros negócios num mundo que ainda não tinha sido transformado pelas redes sociais, Gupta apostou no analógico: “publiquei um anúncio no jornal apenas para perceber se as famílias precisavam de ajuda nesta área.”
2. Vista-se para o emprego que ambiciona
Quando potenciais clientes começaram a aparecer, Gupta começou a marcar reuniões. Basicamente eram entrevistas em que os pais dos estudantes decidiam se Gupta era confiável ou não. “Sendo eu a ‘nerd’ que era, aparecia em casa das pessoas de fato e com um curriculum de duas páginas na mão”, diz a empresária. Esta escolha ajudou-a a conquistar mães e pais, já que os seus 20 e poucos anos facilmente a tornavam mais próxima dos adolescentes do que dos adultos. “Eu não representava os pais irritantes nem o conselheiro mal-humorado. Era uma espécie de irmã mais velha prestável. Assim que as pessoas sentiam isso, contratavam-me”, revela.
3. Encontre a sua equipa
Gupta começou a fazer este trabalho sozinha. Mas ao fim de três meses percebeu que estava no limite. “Os primeiros funcionários foram amigos meus – outros estudantes que andavam à procura de um part-time”, explica. Em pouco tempo, Gupta estava a receber solicitações vindas de fora de Houston. Como pretendia crescer através de um plano de longo prazo, Gupta concentrou-se nas vantagens oferecidas pelas novas tecnologias, tão populares entre os adolescentes. “Podia ter aberto escritórios noutras cidades e ter sido apenas mais uma nesses mercados. Mas vivemos uma época em que a internet possibilita ter uma equipa que cobre todo o país. Podemos tirar partido das videochamadas, trabalhar com adolescentes que vivem no outro extremo do país e causar o mesmo impacto”, adverte.
4. Concentre a sua missão
Inicialmente, a empresa chamava-se “Elite Private Tutors” e oferecia tanto acompanhamento nos processos de candidatura como mentoria específica. Mas, como o trabalho ligado às faculdades cresceu, Gupta percebeu que necessitava de um nome que comunicasse melhor a missão da sua empresa e criou então a marca “College Shortcuts”. “Este trabalho pretende mesmo ajudar os adolescentes a criar a sua candidatura ideal à faculdade”, explica. “Toda a minha equipa tem formação de elite. Desta forma, conseguimos ajudar todos os estudantes, independentemente da faculdade que pretendam frequentar. Era isto que era preciso que o nome da empresa explicasse”.
5. Torne-se emocional
Houve um aspeto que se manteve constante durante os 12 anos de crescimento da empresa: Gupta e a sua equipa reconhecem e aceitam que os seus clientes estão a atravessar um período complicado nas suas vidas. “Olho para a minha concorrência e apenas vejo muitos homens, excessivamente dependentes dos dados e da tecnologia para atingir resultados X, Y ou Z. O que é fantástico – nós próprios também usamos dados -, mas este trabalho é sobre o filho de alguém prestes a ir viver fora de casa pela primeira vez,” diz Gupta. “É importante deixarmos claro que este trabalho de ajudar os estudantes a evoluir da adolescência para a idade adulta é feito com o coração”, sintetiza.








