Portugal pode ser uma peça chave na estratégia europeia de dados, assegura Deloitte
O país deve aproveitar a explosão do consumo de dados para se tornar num player mundial, conclui o mais recente relatório da Deloitte.
A posição geográfica central na ligação oceânica a diversas regiões do Mundo ou as ligações diretas submarinas aos cinco continentes são apenas duas das condições únicas de que Portugal dispõe para ligar a Europa a mercados como a América do Norte, América do Sul, África e Médio Oriente/Ásia e que colocam o país numa posição privilegiada para ser uma peça chave na estratégia europeia de dados. Esta é a análise que a Deloitte faz num estudo recente apresentado pela Start Campus no Pacific Telecommunications Council (PTC), onde estiveram reunidos alguns dos maiores players mundiais do setor.
Os especialistas da consultora asseguram que Portugal está no local e timming certos para beneficiar da explosão do mercado digital de dados que nos últimos anos assistiu a um aumento exponencial no volume, devendo a quantidade de dados criados, consumidos e armazenados atingir mais de 180 zettabytes em 2025, 90 vezes superior à quantidade de dados de 2010. Portugal reúne condições únicas para atrair os maiores players tecnológicos que necessitam de expandir a sua oferta no mercado global de dados, destaca a análise.
O relatório da Deloitte refere o facto de estar em marcha uma nova visão de conetividade na Europa, com o compromisso de construir uma infraestrutura própria para lidar com a dependência de dados de outros grandes hubs nos Estados Unidos e na Ásia, garantindo, assim, um financiamento de mil milhões de euros no projeto Connecting Europe Facility.
As conclusões do relatório apontam para que a costa ocidental da Europa se posicione como “um local atrativo que responde aos requisitos de infraestruturas da Europa com uma conectividade competitiva, robusta e de grande alcance”.
Boas ligações terrestres aos principais hubs europeus, uma rede terrestre de alta capilaridade com vários fornecedores e o facto de ser um player-chave na próxima geração de investimentos em cabos submarinos, são outras das caraterísticas a favor do mercado português, segundo a Deloitte.








