Fintechs atraem mais de 1,1 mil milhões em investimento, revela relatório

O Portugal Fintech Report 2025 foi revelado hoje e mostra que o mercado fintech português está mais maduro, mais tecnológico e mais colaborativo. O volume total de financiamento ultrapassou os 1,1 mil milhões de euros até 2025.

De acordo com Portugal Fintech Report 2025, apresentado hoje pela Fintech House (apoiado pela Visa, pela Morais Leitão e pela KPMG Portugal), quase um terço das fintechs portuguess foram fundadas nos últimos dois anos, o que demonstra que a inovação financeira em Portugal continua a desenvolver-se a bom ritmo. Aliás, o relatório destaca que a maturidade do ecossistema reflete-se, por exemplo, no crescimento do investimento, uma vez que o volume total de financiamento no setor fintech português ultrapassou os 1,1 mil milhões de euros até 2025.

Sublinha ainda que essa evolução demonstra a confiança dos investidores no talento nacional e no potencial exportador das fintechs portuguesas. A colaboração mais rápida e eficaz entre as start-ups e as grandes instituições financeiras também ajuda a explicar esse crescimento. Em 2025 foram mapeadas mais de 200 parcerias, 53% das quais se concretizaram em menos de seis meses.

Outra das constatações do relatório é o facto de 74% das fintechs portuguesas já integrarem Inteligência Artificial nos seus produtos enquanto 90% utilizam-na nas suas operações internas. Entre os principais casos de uso de IA, o estudo aponta áreas como a prevenção de fraude, a integração automatizada e a avaliação de risco, a personalização da experiência do utilizador e a gestão de marketing e operações. Estas aplicações estão a transformar processos anteriormente manuais em fluxos rápidos, seguros e inteligentes.

No âmbito geográficos, e embora Lisboa e Porto continuem a concentrar a maioria das fintechs, o relatório aponta para a existência de hubs regionais, com destaque para Leiria, que começam a diversificar o mapa de talento e atrair iniciativas locais de apoio ao crescimento.

Paralelamente ao relatório, e com o propósito de acelerar o crescimento desta nova geração, a Portugal Fintech lançou a também a 2.ª edição do SPRINT 2026. As fintechs que forem selecionadas terão acesso a espaço de escritório, uma rede alargada de mentores e apoio especializado em desenvolvimento de produto, fundraising e estabelecimento de parcerias estratégicas – áreas onde o relatório identifica maior necessidade de suporte estruturado.

Mariana Gorjão Henriques, diretora da Fintech House, sublinhou que “a primeira edição do SPRINT apoiou seis fintechs que, no seu conjunto, levantaram 450k em capital e fecharam mais de 10 parcerias estratégicas”. Para a segunda edição, acrescenta, “reforçámos o programa em áreas onde identificámos maior necessidade: desenvolvimento de produto, preparação para fundraising e acesso a uma rede alargada de mentores especializados”.

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