Y Combinator financia start-up que está a desenvolver mota voadora

A JetPack Aviation está a desenvolver uma mota voadora que atinge velocidades superiores a 240 quilómetros por hora.
Qual é o futuro da mobilidade? Se, para uns, passa pelos veículos elétricos partilhados, para outros, o futuro passa por algo bastante diferente. Que o diga David Mayman, o fundador da JetPack Aviation.
A paixão pela aviação levou-o a criar um negócio em torno das novas formas que o ser humano pode utilizar para se deslocar pelo ar. O melhor exemplo do sucesso da start-up é a criação de um jetpack funcional – em 2015, já Mayman voava à volta da Estátua da Liberdade, em Nova Iorque.
No entanto, uma mochila a jato não foi suficiente para o CEO. Os planos recentemente publicados pela equipa revelam algo saído de um filme de ficção científica. Agora, a ideia consiste em criar uma mota voadora. Intitulada “Speeder”, esta mota movida com propulsores custará perto de 340 mil euros (380 mil dólares).

Segundo a start-up, a Speeder vai atingir velocidades superiores aos 240 km/h.
Ainda mais surpreendente é o facto de uma das aceleradoras de start-ups mais reconhecidas do mundo aprovar e financiar a ideia. A Y Combinator – que é conhecida por fazer algumas apostas bizarras, como a start-up que queria ligar o cérebro humano à cloud – investiu 150 mil dólares na JetPack Aviation.
Os magnatas tecnológicos, fãs de ficção científica ou de aviação podem fazer um depósito de 10 mil dólares para garantirem a possibilidade de uma encomenda. Questionado pelo Link to Leaders sobre a quantidade de encomendas já realizadas, o fundador do projeto não adiantou qualquer número.
Segundo conta David Maymar ao TechCrunch, a ideia não é angariar dinheiro para o desenvolvimento, mas sim para aferir o interesse do público nesta nova invenção. Em relação ao apoio da aceleradora de São Francisco, o fundador diz que o valor não está no capital trazido pela Y Combinator, mas sim pela possibilidade de criar contactos com os investidores de capital de risco de Silicon Valley e pelo facto de o aproximar aos magnatas tecnológicos da região – que são parte do público-alvo do Speeder.
David Maymar indica também que parte do amadurecimento da ideia vai passar por expandir a sua linha de atuação. Como referiu ao Link to Leaders, o veículo será primeiramente adaptado para utilização das forças militares. Numa segunda fase será utilizado por policias, bombeiros e equipas médicas e só depois chegará ao público em geral: primeiro, com uma versão que não está preparada para ser utilizada em locais públicos e, só posteriormente, será registada como um veículo de transporte autorizado.
A empresa ainda não construiu um protótipo funcional em tamanho real. Contudo, Maymar afirma que uma nova ronda de financiamento pode, na melhor das hipóteses, levar a start-up a atingir este feito daqui dois anos.
A informação disponibilizada no website da empresa indica que a mota que pesa pouca mais de 100 quilos será capaz de circular a mais de 240 quilómetros por hora, a altitudes de até quatro quilómetros. No entanto, nem tudo parecem ser números incríveis. A duração máxima de um voo são 30 minutos e o veículo irá utilizar combustíveis fósseis para se mover.