Wired seleciona as 100 start-ups europeias mais promissoras. Portugal tem 10.
À semelhança dos últimos anos, a revista Wired voltou a fazer o “ranking” das start-ups europeias mais promissoras em 2022. No mercado português foram 10 as eleitas.
A lista “Wired’s 100 Hottest Startups” relativa a 2022 voltou a integrar start-ups portuguesas entre as promissoras da Europa. Este ano, as contempladas na lista revelada pela Wired foram: Remote, Anchorage, Artpool, Amplemarket, Detech.ai, Virtuleap, Coverflex, Sound Particles, CASAFARI e Exclusible.
A Wired refere que a capital portuguesa está a tornar-se cada vez mais o centro tecnológico de eleição para muitos empreendedores europeus: dos 10 CEO referenciados, metade são expatriados. “Um novo ecossistema como o que cresce em Lisboa é fascinante para experimentar em primeira mão”, afirmou à Wired Amir Bozorgzadeh, CEO da Virtualeap. “É um caldeirão de estrangeiros e portugueses, trabalhando de mãos dadas no meio de um cenário muito ensolarado em que o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal é sempre uma prioridade para os fundadores”. Este afluxo de talentos está a contribuir para que Portugal se torne cada vez mais conhecido como “país unicórnio”- o país lançou mais unicórnios (sete) do que Espanha, Itália e Grécia juntos.
Também Miguel Santo Amaro, cofundador e CEO da Coverflex, frisou que ”estar na lista da revista Wired pelo segundo ano consecutivo, e ainda antes de celebrarmos dois anos no mercado, representa para nós pelo menos duas coisas importantes: continuamos a ser notados no mercado e temos um enorme potencial de crescimento, tanto do nosso produto como dos mercados em que nos preparamos para entrar”.
Anualmente, a edição britânica da publicação identifica as start-ups europeias que estão a dar que falar, uma seleção que, segundo a revista, é feita com base em pesquisas locais e em conversas com profissionais que conhecem os diferentes ecossistemas.
Nos últimos meses, a Wired procurou encontrar um novo grupo de empresas em 10 cidades europeias – Londres, Paris, Estocolmo, Amesterdão, Berlim, Lisboa, Barcelona, Helsínquia, Dublim e Telavive – que estão a gerar expetativas entre os empreendedores e investidores locais. Pretendiam encontrar fundadores ambiciosos numa fase relativamente precoce que tenham uma visão para construir empresas com um propósito, que estejam a enfrentar uma necessidade ou a assumir um desafio.
A Wired ressalva que não se trata de uma lista exaustiva, nem que as start-ups sejam as mais conhecidas ou mais financiadas. A ideia é que a “Wired’s 100 Hottest Startups” seja o retrato das start-ups mais inspiradoras no ecossistema de cada cidade.