Uber apresentou prejuízos de 941M€ no último trimestre
A menos de um ano de se alistar para uma IPO, a Uber ainda não atingiu o ponto de equilíbrio económico.
A empresa norte-americana revelou esta semana ter tido perdas de 940 milhões de euros no terceiro trimestre de 2018, uma performance que, apesar de ser pior do que a verificada entre abril e junho, apresenta uma melhoria na ordem dos 27% em relação ao mesmo período de 2017 (altura em que foi confirmada a saída do antigo CEO – Travis Kalanick).
Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) revelaram perdas na ordem dos 521 milhões de euros. Nestes três meses, a empresa norte-americana faturou perto de 11.2 mil milhões de euros, o que se traduz num aumento de 6% face ao trimestre anterior e 41% face ao mesmo período de 2017. As receitas ascenderam aos 2.6 mil milhões de euros.
Segundo o novo CFO (chief financial officer) da Uber, Nelson Chai, que entrou para a organização em setembro, este foi “outro trimestre forte para um negócio do nosso tamanho e que tem um âmbito global”. Chai sublinhou ainda o “grande potencial dos mercados da Índia e do Médio Oriente onde continuamos a solidificar a nossa posição de liderança”.
A Reuters relata, no entanto, que as condições económicas e as contínuas perdas podem levar a Uber a fundir-se com os rivais na Índia e no Médio Oriente, especialmente com a indiana Ola, que partilha o Softbank como investidor.
Tal como nos relatórios dos meses anteriores, a Uber continua a sofrer de dores de crescimento. O projeto que já conta com uma década de existência continua a investir nos mais diversos setores, incluindo a entrega de comida, as scooters, bicicletas elétricas e até mesmo táxis voadores. A Toyota deu a conhecer recentemente que ia investir 430 milhões de euros na tecnologia de condução autónoma.
Um investimento recente do Softbank levou a Uber a ascender a uma avaliação de 63.4 mil milhões de euros. Este negócio, que levou a firma japonesa a ficar com uma participação de 15% no projeto de mobilidade, incluiu uma cláusula que requer que a empresa norte-americana se liste para uma oferta publica inicial (IPO) até ao dia 30 de setembro do próximo ano.