O compromisso e o bem-estar dos trabalhadores são indicadores críticos de saúde e produtividade organizacional. Há cerca de um ano escrevemos sobre isto (1). Sentimos que é muito relevante dar continuidade.
Foi muita a investigação e os artigos publicados em 2023, decorrentes da mesma, acerca da temática "Segurança psicológica".
Os líderes das organizações, sejam grandes ou pequenas, tendem a pensar que é a gestão de topo quem determina a estratégia da organização. A experiência de trabalho em grandes, médias, pequenas empresas e start-ups, minhas e de outros, o falar com colegas, membros da minha equipa, concorrentes e académicos, do público e do privado, faz-me defender uma posição diferente.
Há muitas coisas que esta crise pandémica nos está a ensinar, como cidadãos, membros de uma família e como indivíduos, mas está indiscutivelmente a evidenciar que temos muitas lacunas ao nível da nossa capacidade de planeamento.
Existe extensa literatura sobre a relevância da voz do cliente nas organizações, sobretudo no setor dos serviços. É inquestionável que a escuta ativa dos clientes traz informação importante para o desenvolvimento de novos produtos, a redução de reclamações, a melhoria de processos, e que esta informação bem utilizada se traduz em clientes mais fiéis e em melhores resultados financeiros.
Tenho a sorte de trabalhar desde há mais de 15 anos no setor da Educação. Especificamente na formação pós-graduada. A formação que é realizada quando já existe experiência profissional está intimamente ligada a uma necessidade de atualização de conhecimento, de competências e de destrezas.
É nos momentos de crise que o ser humano revela o seu melhor e o seu pior. Quando exposto a situações extremas, o nosso profundo ser manifesta-se ou para adaptar-se e vencer ou para morrer. Por isso as crises são boas, porque nos ajudam a perceber melhor quem somos.
Numa dessas viagens longas ao Médio Oriente que tenho vindo a fazer nos últimos anos, tive uma escala demorada em Frankfurt que me levou a passar pela livraria do aeroporto. Nas visitas a este tipo de lojas no aeroporto acabo sempre por escolher temas relacionados com Gestão, Medicina ou Psicologia. Raramente me deixo tentar por romances em inglês, prefiro ler este género de livros em português ou em espanhol. Deve ser um bias cultural.
No dia 8 de março, a demógrafa Maria João Valente Rosa disse no jornal Público, comentando os vários estudos fantásticos que a Fundação Francisco Manuel dos Santos tem feito sobre as mulheres, uma frase que me fez pensar muito: “A sociedade será igualitária quando tivermos mulheres incompetentes como CEO de empresas”.
Quando se ouvem com atenção os desejos para o ano que começa, não há quem não mencione a palavra SAÚDE. “Que tenhas um ano com saúde”, “A saúde é o mais importante, sem ela não temos nada”, “Eu só peço saúde”, etc.
Tarde de sábado, cada um no seu quarto a estudar. Bato à porta de um deles e pergunto: Como vais? Precisas de ajuda? Silêncio…
- Mamã porque tenho de estudar isto?
O ser humano habitua-se às coisas boas e deixa de as agradecer. Profissionalmente este comportamento ainda é mais extremo do que no âmbito das relações pessoais.