O sonho comanda a vida. Já o dizia o poeta António Gedeão. O sonho comanda também as organizações, o seu sucesso, ou à falta dele, o insucesso. Nas organizações os sonhos são conhecidos como visões. Devemos sonhar todos e o sonho deve ser alimentado e ganhar forma todos os dias. Se assim for haverá progresso e o alinhamento estratégico necessário.
Quando foi a última vez que tirou férias e se manteve conectado? A ver uma vez por dia o email? A verificar, muitas vezes, quase às escondidas da família, o whatsApp ou teams?
Será possível ser bem sucedido e ter equilíbrio entre a vida pessoal e profissional? Esta mesma pergunta paira muitas vezes nas empresas. Uma pergunta, na minha opinião, não suficientemente formulada e debatida, mas que as práticas de gestão do dia a dia vão deixando antever as respostas.
Numa pesquisa rápida que fiz no Google com a palavra liderança apareceram-me em 0.38 segundos 68.100.000 resultados. Muito se escreve e publica sobre este tema.
Esta é uma pergunta difícil de responder. Uma pergunta com muitas respostas que se podem complementar entre si, outras possivelmente contraditórias. Tudo isto é, no entanto, um sinal de que este diálogo é extremamente importante no mundo atual.
Como será 2022? Provavelmente esta é a pergunta que todos nós nos temos vindo a fazer nos últimos dias. Quando no dia 31 de dezembro de 2019 deu a meia noite e o ano 2020 começou, o entusiasmo e excitação eram grandes em todo o mundo. Seriam os loucos anos 20 do século XXI. Mal sabíamos que em dois meses e meio tudo ia mudar.
Fui educada numa família humilde. Onde as heranças não existiam e os padrinhos também não. Desde pequena sempre soube que se quisesse progredir na vida, alcançar os meus sonhos e objetivos teria que ser com o meu esforço, empenho, com os resultados alcançados, ie, com mérito próprio na esperança de que, os professores e mais tarde os empregadores reparassem em mim, na minha performance e me fossem oferecendo novos desafios e oportunidades para continuar a crescer e avançar.
Era uma mistura de pensamentos, sentimentos e emoções. Com o sonho, a excitação, a esperança e o entusiasmo de quem tem toda a vida pela frente e tudo é possível, misturava-se o medo, a angústia, a dúvida: “será que vou conseguir?”, “estou a ser muito ambiciosa…”, “deveria ouvir a voz da razão dos mais velhos e experientes que me dizem que está difícil”…