A questão que encabeça este artigo é também o título de uma inteligente obra de Jared Diamond, reputado geógrafo, historiador e escritor norte-americano, publicada em 2019. Este livro, aclamado de forma unânime, transformou muitas das perceções e entendimentos sobre as causas da ascensão (e quedas) das nações, em especial nos momentos de encruzilhadas históricas e crises profundas.
Estratégia… esse importante conceito milenar, por vezes ambíguo, que não é mais do que a formulação “onde queremos estar e como lá chegar ”. Desde Sun Tzu, na China Imperial de há 2500 anos, passando pelo Maquiavel renascentista e pelo rigor alemão de Clausewitz, no século XIX muito já se escreveu sobre o tema. Concluindo com a sua aplicação, originalmente militar, à competitividade das economias e das empresas.
Tal como acontece um pouco por toda a Europa, Portugal é hoje um destino de migrantes que, pelas mais diversas causas e motivações, nos procuram para se estabelecer.
Atração de investimento! – eis o anseio repetido até à exaustão, por qualquer responsável político, desde um primeiro-ministro ao presidente de uma pequena autarquia. Um desejo legítimo e de saudar, uma vez que é dos investimentos, especialmente dos de grande dimensão, que surgem os meios para criar empregos, reproduzir riqueza, gerar inovação e financiar os bens e serviços públicos que usufruímos.
Apoiar a aceleração da mudança nas organizações é o objetivo da nova plataforma de transformação de lideranças e culturas empresariais.
Não são precisos muitos estudos académicos. Ou mais relatórios do Fórum Económico Mundial ou de grandes consultoras internacionais. O óbvio está perante nós: os conhecimentos e competências adquiridas de base, nos sistemas educativos tradicionais, não são suficientes para os desafios dos mercados de trabalho do presente e do futuro.
As tecnologias inovam, as sociedades adaptam-se, as culturas mudam… Uma evidência: as organizações políticas e de gestão, decisão e administração pública são as mais resistentes à mudança.
Sim, tive já a oportunidade de ler a “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica e Social de Portugal 2020–2030”, da autoria de António Costa Silva. Um documento abrangente no diagnóstico e nas estratégias e inteligente na argumentação das opções.
A nossa diáspora é um dos principais ativos nacionais. De facto, Portugal é hoje um pequeno estado-nação no canto ocidental da Europa mas, fruto das vicissitudes da nossa história, somos bem mais (e bem maiores) do que isso.
“A melhor forma de prever o futuro é criá-lo”- Alan Kay. Todos concordaremos que, no mundo do trabalho, os conhecimentos e competências do presente não são iguais aos do passado. E serão diferentes do futuro. A grande questão, explorada por sociólogos e tecnólogos, é que o tempo acelerou, pautado pelo ritmo da mudança.
"Ver longe é uma coisa, chegar lá é outra…” - Constantin Brancusi.
Sempre fomos um País dado a análises, diagnósticos e sentenças estratégicas. Nem sempre rigorosas, mas habitualmente demoradas. Com muitos comentadores e treinadores de bancada. Dizendo que é para “ali” ou para “acolá”. E depois mudando de ideias, embalados pelos ciclos políticos e económicos. Mas, infelizmente, pouco dado a executar e, como se diz vulgarmente, “fazer acontecer”.
Muda a tecnologia, muda a economia, muda a sociedade. Mudam os hábitos culturais e o modo como nos relacionamos com os outros. Muda a organização do trabalho e as competências-chave dos profissionais. Mas há algo que teima em não mudar: a forma como estruturamos os governos e a sua organização.