Start-ups de Portugal e Espanha criaram 6 mil empregos em 2020

63% das start-ups portuguesas e espanholas assegurou que a crise de Covid-19 não teve impacto no número de empregados, 70% aumentou a equipa em 2019-2020 e 90% prevê contratar ainda este ano, revela um estudo do Caixabank.
As start-ups de Portugal e Espanha criaram 6 mil postos de trabalho durante 2020, apesar da incerteza e abrandamento económico que a crise gerada pela Covid-19 representou.
Esta é uma das conclusões da segunda edição do estudo “Análise de uma nova geração de start-ups em Espanha e Portugal”, elaborado pelo Caixabank através da DayOne e com a colaboração da escola de negócios IESE. A amostra recolhe a opinião das 955 companhias que participaram na décima quarta edição dos Prémios EmprendedorXXI.
63% assegurou que a crise de Covid-19 não teve impacto no número de empregados, 70% aumentou a sua equipa em 2019-2020 e 90% prevê contratar em 2021.
Uma em cada três empresas analisadas, 326 start-ups que representam 34% da amostra total, aumentaram as suas vendas em 2020 em relação ao ano anterior, com uma média de aumento da faturação de 22%, sem terem que reduzir o número de trabalhadores ou recorrer a medidas especiais para regular o emprego.
Nas últimas rondas de financiamento, as start-ups ibéricas incluídas no estudo levantaram um total de 91 milhões de euros de fontes externas (mais 14 milhões em 2019), com uma média de 194 mil euros.
Estas empresas continuam a financiar-se maioritariamente (59%) com fundos próprios, com um aumento de 3% face à edição anterior, seguido de familiares e amigos (11%), business angels (11%) e capital de risco (7%).
53% das empresas não sofreram qualquer impacto da pandemia no seu financiamento, e 11% assinou novos vínculos devido à situação sanitária e à consequente crise económica.
Segundo o estudo, as start-ups de Portugal e Espanha centram-se, sobretudo, nos setores de impacto social (10%) e saúde (6%) e as suas vantagens competitivas são ter um produto ou serviço superior ao da concorrência (73%), a rapidez de serviços (56%) e uma maior oferta (54%).
O estudo destaca ainda que um dos principais desafios é aumentar o empreendedorismo feminino, já que apenas 15,5% dos empreendedores são mulheres.
Os principais objetivos destas empresas são cobrir uma necessidade de mercado (57%), seguido de fazer a empresa crescer e dar-lhe uma projeção internacional (32%).
Os aspetos que mais preocupam os empreendedores são conseguir financiamento, desenvolver novos segmentos de clientes e ter talento adequado, conclui o estudo.