Start-up procura financiamento para cobrir custos de operacionalidade

A Actiglabo, que quer começar a produzir kiwis biológicos e pera abacate em Pombal, procura financiamento para cobrir os custos de operacionalidade até ao ano de produção, ou seja, 2018.
Assistiu-se nos últimos anos a uma mudança significativa no paradigma do empreendedorismo e inovação em Portugal, com um crescimento acentuado de programas de apoio à criação de empresas. No entanto, nem sempre é fácil conseguir o investimento que se procura. A Actiglabro, que quer começar a produzir kiwi biológico e pera abacate em Pombal, está à procura de investimento para suportar os custos de operacionalidade até ao ano de produção.
“A Actiglabro, que conta com um pomar situado no distrito de Pombal, quer começar a produzir kiwis biológicos. Como somos sócios de uma Organização de Produtores, a comercialização é feita por uma cooperativa que coloca 90% da fruta no mercado externo”, explicaram Patrícia Duarte e Miguel Cardantas à Link to Leaders.
Segundo os fundadores da start-up agrícola, “a ideia surgiu depois de a Patrícia, que era professora de Filosofia, ter ficado desempregada. Como o desemprego docente passou a ser uma realidade no nosso País, a Patrícia voltou ao Ensino Superior, mas desta vez à Escola Superior Agrária de Coimbra, estando a frequentar a licenciatura em Agricultura Biológica. A opção, para além de ter sido fruto de um estudo de mercado, teve também um lado emocional já que, ponto comum com muitos portugueses, as nossas famílias também tiveram no passado a agricultura como seu ganha-pão. Na tomada de decisão pesou também o facto de Portugal ser bastante deficitário na produção frutícola”.
A empresa foi criada em 2014, mas só neste ano, e depois de obterem financiamento no âmbito do PDR 2020, é que está a operacionalizar os processos para começar a sua atividade. O projeto tem um custo avaliado na ordem dos 423 mil euros, mas só recentemente recebeu um apoio de quase 50% do seu custo total – 200 mil euros do PDR 2020.
Atualmente, a Actiglabro tem a propriedade preparada para começar a receber a estrutura que dará suporte à plantação dos kiwis e do abacate. “Temos 7 hectares para plantar e 7 ainda disponíveis para crescer, e existe terreno circundante para futuros projetos. Já fizemos investimentos de 90 mil euros”, revelam Patrícia Duarte e Miguel Cardantas, que estão agora à procura de financiamento.
O financiamento terá como fim fazer face aos custos de operacionalidade, até ao ano de produção que apontam para 2018, “altura em que, de facto, começamos a receber dinheiro da fruta, bem como para realizar alguns trabalhos que não foram financiados pelo projeto”, explicaram.
“O que procuramos agora é mesmo financiamento. Até porque a produção será toda entregue na Cooperativa, que paga a produção e toma a seu cargo o escoamento da mesma, não tendo nisso qualquer dificuldade”, acrescentaram.
Até conseguirem o investimento, os fundadores da Actiglabro preveem começar a instalação da estrutura do pomar e da plantação, e realizar um estudo de mercado para aferir a viabilidade de um projeto paralelo ao do pomar, que ainda está a ganhar forma.
Resumo:
Responsáveis: Patrícia Duarte & Miguel Cardantas
Produto: Kiwis e pera abacate
Área: Pombal
Necessidade: Financiamento (100 mil euros)
Contacto: actiglabro.lda@sapo.pt