Start-up do mês: Faarm

Lançámos um desafio à Startup Lisboa: eleger a start-up do mês. Conheça as razões da sua escolha que recaiu na Faarm, que desenvolve tecnologia para que todos possamos partilhar e seguir informação sobre a origem e o percurso dos alimentos.

Nome da Startup: Faarm.

Fundadores: João Gomes e Miguel Lupi.

Atividade: Desenvolvimento de tecnologia para partilhar e seguir informação com significado sobre a origem e percurso dos alimentos.

Volume de Negócios: Dezenas de milhares de vacas e movimentações de vacas seguidas diariamente na plataforma.

Plano de Negócios: Rastreabilidade, gestão e marketing gratuito para todas as explorações. Planos pagos para atividades mais profissionais e de valor acrescentado, como organização de produtores para abastecimento de contratos, certificação e internacionalização. Lançamento no Brasil, Reino Unido, Irlanda, Espanha, Argentina e Paraguai até final de 2017.

Porque merece destaque: Segundo a Startup Lisboa, existem várias razões, nomeadamente:

– Com zero investimento, foram 2 vezes à entrevista final do Y Combinator, o melhor acelerador de start-ups de tecnologia do mundo;

– Venceram o Startup Simplex, o concurso de modernização administrativa do Estado;

– Venceram o Startup Lisboa Boost e acederam a 100 mil euros de investimento da Caixa Capital;

– Fazem parte do comité estratégico da INOVISA, a única incubadora de agtech e foodtech em Portugal; e do comité estratégico para a indústria 4.0 do Ministério da Economia, no ramo agroalimentar.

– Expandiram o seu negócio para o Brasil e levantaram algum capital de angels.

Outra informação relevante:  A Faarm está incubada na Startup Lisboa e lançou a primeira plataforma a 15 de março de 2016, a Muuu. Na Europa, todas as compras e vendas de animais, do nascimento à morte, têm de ser registadas, desde a doença das vacas loucas em 1998. O que a Faarm fez foi construir um sistema de análise de atividades em cima do já existente, que analisa todas as atividades pecuárias com os animais. Todos os maneios, alimentação e tratamentos, compras e vendas. Na prática, programadores ou os próprios utilizadores podem introduzir esses dados na plataforma. A Muuu analisa e compara-os com todos os referenciais de certificação e sustentabilidade do mundo, classificando cada exploração com um rating (uma nota) de boas práticas e informando depois onde é que cada produtor pode vender os seus produtos.

Porque considera que as explorações agrícolas estão ainda muito focadas na produção, ignorando uma das principais formas de valorização dos seus produtos, a Faarm decidiu criar um departamento de marca e de marketing agrícola em cada exploração. Depois da introdução dos dados do animal (origem, alimentação, medicamentos, abate), é gerada uma página na internet, onde cada produtor pode mostrar o seu rating e colocar conteúdo do dia a dia: fotografias dos animais, da equipa, dos produtos que vendem, onde é que os consumidores podem encontrá-los. Em Portugal, há cerca de 1,4 milhões de cabeças de gado. O Brasil, por exemplo, tem 220 milhões e não tem um sistema de rastreabilidade. A start-up está, por isso, a preparar a entrada no Brasil. Prevê lançar a aplicação em inglês e em espanhol e chegar a produtores em Espanha, Irlanda e Reino Unido.

Site: http://faarm.io

Comentários

Artigos Relacionados