Snap está em negociações com empresa chinesa que criou o drone que tira selfies
A Snap, a start-up que criou o Snapchat, está em conversações com a Zero Zero Robotics, uma empresa que desenvolveu o sucessor do selfie-stick, com o objetivo de adquirir a empresa chinesa.
Depois de ter criado os óculos com duas câmaras, os Spectacles, a Snap quer voltar a apostar no hardware. Desta vez, segundo o Techcruch, quer adquirir a empresa que está por trás do produto que se tornou o sucessor do selfie-stick. A Zero Zero Robotics desenvolveu o Hover Camera Passport, o “selfie-drone” que está disponível em Portugal por 599 euros.
O negócio estará a ser discutido com valores entre os 125 e os 170 milhões de euros, apesar de ainda nenhuma das start-ups ter confirmado o acordo.
A Lily, uma das concorrentes diretas que desenvolveu um drone autónomo, viu-se obrigada a fechar portas no início deste ano devido a problemas financeiros, mesmo depois de uma campanha de crowdfunding no Kickstarter que arrecadou perto de 29 milhões de euros em pré-vendas.
Como alternativa a encerrar a empresa, a Lily entrou em conversações com a Snap para uma possível aquisição. Esta negociação acabou por nunca acontecer e a Snap estará agora a entrar num mercado em que a competição é feroz.
A Zero Zero Robotics já tinha arrecadado mais de 20 milhões de euros junto de investidores. No entanto, segundo a The Information, a empresa chinesa já tinha tentado entrar em conversações com a Snap com o objetivo de receber investimento. As negociações terão levado à possível aquisição da Zero Zero Robotics por parte da start-up norte-americana.
A alegada compra da Zero Zero Robotics é mais uma tentativa da Snap para entrar no mundo do hardware. O primeiro esforço foi feito com os Spectacles que ficaram bastante aquém das ambições da marca, tendo apenas conseguido perto de sete milhões de euros em vendas até março deste ano.
Esta possível aquisição acontece numa altura em que a Snap atingiu um recorde de valores mínimos de avaliação das ações da start-up. Na última terça-feira, dia um de agosto, a avaliação desceu 4% depois de se ficar a saber que a empresa não vai entrar no mercado de ações S&P 500.
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