Setor alimentar conquista espaço nas preferências dos investidores

O setor da alimentação no Reino Unido viu os investimentos de business angels dispararem nos últimos anos.

No início do ano, a Angel Investment Network preparou um relatório, o “State of the Nation”, sobre os investimentos de business angels no Reino Unido com base nos dados de mais de 100 mil empresas e 30 mil investidores. O setor da alimentação passou da quarta para a segunda categoria mais apoiada, é também o terceiro setor mais popular para pitchs, e está a criar start-ups em negócios lucrativos que podem tornar-se gigantes no futuro.

Diferente do capital de risco, os business angels, além do lucro, investem por paixão e interesse pessoal. E a alimentação é uma dessas paixões, partilhada por consumidores e investidores. Mas, afinal quais são, os principais aspectos que as start-ups deste setor não podem descurar para conseguirem obter apoio de business angels?

A equipa
É essencial. A primeira coisa que um potencial investidor irá averiguar é quem constitui a equipa fundadora. As suas decisões vão determinar a trajetória futura do negócio e por isso procuram pessoas com experiência no setor. Também vão averiguar os consultores a empresa costuma recorrer.

Nichos de mercado
Outro ponto a que as start-ups que procuram investimento têm que ter atenção é mostrar porque se distinguem dos outros projetos. Os investidores do ramo alimentar procuram empresas que abordem algum tipo de nicho de mercado, seja um restaurante, um fornecedor de alimentos ou um produto derivado de alimentos. Se o conceito for considerado datado, dificilmente captará o interesse. Os investidores seguem de perto as tendências de consumo e percebem rapidamente quando essas tendências estão a mudar.

Pequena escala, mas com qualidade
Se há alguns anos, os consumidores queriam refeições casuais com algum estilo, agora o mercado mudou. Para os investidores, muitas cadeias  famosas cresceram demasiado depressa e perderam o charme inicial que as distinguia, visto que passaram a ser exploradas por gestores que apenas olhavam para o rendimento e não se sentiam parte de um projeto. Neste momento os investidores parecem mais interessados em pequenos grupos de restaurantes cujos fundadores originais podem manter o contacto direto e a paixão inicial. Isso pode originar a criação de pequenas cadeias de restaurantes, com 6 a 10 unidades, em regiões chave, e os investidores a passarem para grupos de private equity.

Origem e oferta premium
As empresas que se concentram em tendências como origem e oferta premium estão a ganhar terreno junto dos financiadores. Procura-se cada vez mais promover, por exemplo, parcerias com agricultores e produtores que gerem o pastoreio e o cultivo de formas sustentáveis. Com as alterações climáticas em destaque, os investidores procuram negócios que tenham cariz ambiental. 

Entrega ao domicílio
Outra das tendências do momento são as entregas ao domicílio. O mercado assiste ao aparecimento de empresas de entrega inovadoras que estão a receber apoio de investidores. Perante o crescimento desta tendência, quem vai ter de encontrar formas inovadoras de atrair os clientes são as empresas alimentares com loja física.

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