Sage partilha dicas de apoio a empresas para ultrapassar dificuldades pós-Covid

O estudo foi realizado em junho e revela que 47% das PME perdeu mais de metade do seu volume de negócios desde o início da crise. A Sage partilha algumas sugestões para apoiar o setor.

Segundo um estudo realizado pela Sage no passado mês de junho, 47% das PME portuguesas perderam mais de metade do seu volume de negócios desde o início da atual crise pandémica, por um lado, enquanto 36% não conseguem estimar um prazo para a recuperação dos valores de negócio pré-pandemia.

A pesquisa Sage relembra que os gestores de negócios vivem um contesto desafiante, mas que existem medidas de apoio governamentais e oportunidades inerentes ao teletrabalho de que podem tirar partido.

O estudo sugere que, em primeiro lugar, as PME devem fortalecer as bases do seu negócio – o seu fluxo de caixa, os seus dados e sistema, sem esquecer que a digitalização passou de fator de diferenciação a uma questão de sobrevivência neste novo panorama. Até porque, vaticina a pesquisa, o mundo empresarial que se conhecia até aqui não vai regressar durante algum tempo, e, por isso, as PME deverão adaptar-se ao trabalho numa nova economia, mais rápida e com grande predomínio do digital. Eis alguns aspetos a ter em conta:

Manter o fluxo de caixa e a liquidez
As PME deverão continuar a sentir pressão sobre o fluxo de caixa, pois muitos clientes continuam a solicitar o prolongamento dos prazos e das condições de pagamento. Por isso, a gestão dos gastos permanentes (salários e outras despesas), combinados com uma menor entrada de fluxo de caixa, continuará a ser uma das prioridades nos próximos meses.

A transição que as empresas fizeram na centralização dos dados integrados na Cloud veio ajudar a agilizar o processo de adaptação a este novo cenário.

Nova realidade a partir de casa
O futuro do trabalho, cada vez mais híbrido, também implica adaptações nas empresas. Nos últimos meses, trabalhar em casa tornou-se uma realidade universal e já são várias as empresas, com destaque para as tecnológicas, que oferecem aos colaboradores a opção de trabalhar em casa a longo prazo, uma prática que se pode estender no tempo.

Mas esta não tem de ser uma situação má para as empresas. Aliás, a Sage refere que muitas das PME que são capazes de oferecer os seus serviços de forma digital já estão a ter benefícios dessa aposta há alguns meses. Por outro lado, 82% dos colaboradores afirma ser mais produtivo quando tem acesso a um regime que inclui trabalho remoto, e 58% afirma que a sua satisfação laboral é maior.

A redução de absentismo laboral e a possibilidade de economizar custos com o espaço do escritório poderia tornar o trabalho em casa numa mudança permanente para muitas PME. No entanto, este só funciona quando existe um sistema de suporte adequado.

Contudo, a Sage não deixa de frisar que o teletrabalho pode fazer com que os colaboradores se sintam desconetados da empresa e tenham dificuldades em encontrar informação que seria facilmente acessível no escritório. Por isso, é importante que as empresas continuem a oferecer aos colaboradores as ferramentas e os recursos de que estes necessitam, para assegurar os níveis de produtividade, mantendo as reuniões virtuais e atualizações regulares entre as equipas e os gestores, por exemplo.

As empresas terão de investir nas skills digitais dos seus líderes e restantes colaboradores. Algumas consultoras asseguram que com a crise, e em apenas três ou quatro semanas, algumas empresas deram um salto tecnológico de 5 a 10 anos o que leva a que em 2023, a economia nacional possa atingir uma digitalização de 50%.

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