Sejamos líderes sem título

Hoje em dia todos podemos e devemos ser líderes. Aplicando este conceito em tudo nas nossas vidas, estaremos a criar melhores profissionais e a aumentar o número de líderes nas organizações.

Não existam dúvidas que são os líderes que fazem avançar, alcançar os objetivos propostos e levar ao sucesso as nossas empresas. Aproveito para vos apresentar este conceito defendido por Robin Sharma, que descreve precisamente um modelo de liderança aplicável a qualquer pessoa, área de negócio, empresa, departamento ou equipa, que trará certamente resultados positivos para ambas as partes – pessoas e empresas.

O livro “O Líder Sem Título” (The Leader Who Had no Title) conta precisamente a história de um simples funcionário de uma livraria que odiava aquilo que fazia, no entanto, tinha todas as qualidades para ser um excelente profissional. Até que um dia conheceu um mentor que lhe provou como podia ser um líder desempenhando as suas simples funções, sem permissão de ninguém para o ser, pois bastava trabalhar no sentido de levar todos os outros a alcançar os resultados pretendidos, para que fosse visto como líder. Inspirar os outros deverá ser a maior motivação de todas, pois agir com um nível de excelência, ajudar os outros a crescer e reagir com otimismo representa um excelente modelo a aplicar nas nossas vidas.

Nos dias de hoje o mercado pede cada vez mais e melhor, mais entregáveis em menos tempo, automatização de processos, digitalização de organizações, e isso só é possível se aplicarmos um conceito de liderança cada vez mais baseado naquilo que é a delegação de funções ou tarefas. Não faz sentido um líder participar ao detalhe em todas as tomadas de decisão sob a sua alçada, nem ter conhecimentos técnicos aprofundados acerca daquilo que é a sua equipa, unidade ou área de negócio, pois deve ter as pessoas certas como parceiras daquele que é o caminho que todos querem percorrer. Todos devem estar alinhados.

É precisamente o conceito de “liderar sem título” que nos permite ser críticos, profissionais, analisar bem as situações e tomar decisões em consciência, sabendo de antemão que o nosso responsável está a depositar em nós a sua própria responsabilidade, seja em que área for, seja em que função for. Somente esta relação de confiança nos pode trazer resultados práticos na celeridade de entrega de projetos, na definição de processos ou na gestão de projetos ou pessoas. Reforço. Todos devemos liderar dentro daquilo que são as nossas responsabilidades, seja a gerir finanças pessoais, organizar as compras de casa, educar os nossos filhos, e obviamente, na nossa profissão.

Se aplicarmos este conceito seremos certamente melhores líderes e ao mesmo tempo melhores pessoas. Podemos também conseguir inspirar os outros, o que por si só deve ser uma motivação. Acredito que praticando este modelo de “liderar sem título” podemos desenvolver skills apropriadas para dar o próximo passo, provando que somos capazes de assumir maiores responsabilidades e desafios. Defendo que todos devemos ser líderes e dar uma resposta contundente nas nossas vidas, pois não são apenas os nossos superiores hierárquicos, diretores ou CEO’s que se devem comportar como tal.