Rachel Maia: de uma infância difícil a CEO da Pandora

Inspire-se com a história de Rachel Maia, uma mulher que apesar de ter todas as probabilidades contra si, conseguiu ser bem-sucedida.
A história de Rachel Maia na Pandora, multinacional dinamarquesa da área de joalharia, iniciou-se há oito anos, numa altura em que a marca ainda só tinha duas lojas no Brasil. A entrada de Rachel no universo desta marca começou quando se propôs abrir uma terceira loja num shopping local da região onde viveu a sua infância, São Paulo. Como não tinha dinheiro disponível, a empreendedora pediu ajuda ao presidente global da marca dinamarquesa que, segundo Rachel, respondeu que não lhe ia dar dinheiro até receber algum da parte dela.
Insafisfeita com a resposta, conseguiu recolher a verba necessária para inaugurar uma loja de 35 metros quadrados. Apesar de pequeno, o estabelecimento continua até aos dias de hoje a fazer parte das cinco lojas Pandora mais bem-sucedidas do Brasil.
Esta foi uma aposta arrojada por parte de Rachel Maia, que recorda à publicação brasileira Época Negócios que se esta aventura não tivesse dado resultado perderia o emprego, mas, apesar disso, optou por arriscar. O mais provável é que esta ousada ação nunca viesse a acontecer se Rachel não tivesse tido uma infância onde lhe foram passados os ensinamentos de arriscar e atravessar os momentos difíceis com otimismo.
O primeiro risco foi feito no final do século passado. Ainda no início de carreira, Rachel decidiu usar o dinheiro de uma rescisão de contrato para frequentar um curso de inglês no Canadá visto que, segundo o que conta, o pouco que aprendeu nas escolas públicas do Brasil foi o verbo to be. A maior dificuldade nesta decisão era contar ao pai que não ia usar o dinheiro para ajudar com as despesas da casa.
A empreendedora cresceu na cidade de Dutra, nos subúrbios de São Paulo. A mais nova de sete irmãos, numa família de poucos recursos financeiros, relata à publicação brasileira recordações de que um frango tinha de ser suficiente para o almoço de domingo, com 11 pessoas, pois dois primos também viviam com a família. “A minha mãe decidiu que num mês, uma pessoa comia o peito, no outro, a coxa. Tinha de se passar pela parte mais dura para ter direito à coxa deliciosa. Mas havia sempre algo bom para esperar”, recorda.
Ultrapassada esta fase, e voltando aos dias de hoje, Rachel tornou-se CEO da Pandora e é uma das executivas mais bem-sucedidas do Brasil. Em termos profissionais, o grande objetivo da empreendedora passa, agora, por fomentar a liderança feminina no país.