Quinta do Melro precisa de investidor para dar lugar a hotel eco-agro-rural

A Quinta do Melro, situada em Peredo, concelho de Macedo de Cavaleiros, passou de pais para filhos e hoje pertence a Raquel Mariano que procura transformar o espaço num Hotel eco-agro-rural, mantendo a produção avícola e olivicultura que sempre a caracterizaram.

“Esta quinta, situada em Peredo, concelho de Macedo de Cavaleiros, era dos meus pais. Em vez de a dividirmos, fizemos uma proposta ao meu irmão e adquirimo-la”, começa por contar Raquel Mariano sobre a Quinta do Melro ao Link To Leaders.

A propriedade é composta por três pequenos aviários de criação extensiva, isto é, as aves são criadas em espaços amplos, em cercas ao ar livre, e alimentadas com vários tipos de legumes, frutas e leguminosas da época. No espaço, existem cerca de 5 mil cabeças de aves de várias espécies e raças, como perus, frangos do campo, poedeiras, patos, galinhas do mato, capões e frangos de raça lusitana, 100% portuguesa.

Além da produção avícola, encontramos ainda na Quinta do Melro cerca de 2000 pés de oliveira, cuja azeitona tem como destino a Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros. Esta atividade insere-se num projeto de agricultura integrada, apoiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (PDR).

“Além de sermos cuidadores, criadores e produtores avícolas e agrícolas, também somos comerciais e vendedores de rua. A empresa José Manuel Rodrigues é considerada a empresa mais antiga e maior da região, que está a funcionar desde 1980”, releva a empreendedora que assumiu a empresa do pai e desde então tem procurado “atualizá-la, renová-la, aumentá-la e transformá-la num agro-turismo”, contando já com três funcionários.

Os seus objetivos para o futuro são ambiciosos: “Estou a transformar a Quinta do Melro num Hotel eco-agro-rural, usando todas as estruturas da quinta e alargando-as: queremos manter algumas aves e a olivicultura; estabelecer ligação direta ao Geopark Terras de Cavaleiros, um território reconhecido pelas redes de geoparques da UNESCO, de forma a criar um centro de interpretação privado, enriquecido com salas de estudos e de congressos; criar uma «androzania», isto é, um parque temático para todos os que nos visitarem e quiserem, durante um dia, aprender uma das artes tradicionais e/ou artesanais da região; criar estruturas lúdicas permanentes, como jogos tradicionais, percursos pedestres, uma sala com um planetário real, onde, uma vez por semana, o nosso astrónomo residente vai mostrar no céu, os seus conhecimentos; queremos estabelecer uma parceria com agências de viagem da região, de forma a disponibilizar pacotes de um dia ou mais, disponibilizar uma boa piscina e áreas sazonais ligadas à agro-pecuária, ao geoparque, que prendam as pessoas à quinta, ao concelho e à região”, frisa Raquel Mariano, acrescentando que “não existem estruturas hoteleiras na região”.

Nos planos de Raquel Mariano, está ainda a realização, em 2017, de um estudo sobre como transformar a apanha da azeitona em algo lúdico, saudável e gerador de relações humanas, fundamentadas na cooperação, na entreajuda gratuita, na responsabilidade recíproca e no respeito pela natureza. A partir de novembro, a empreendedora conta “tirar do papel o estudo e passá-lo à prática”.

Neste momento, considera fundamental encontrar um investidor que, “depois de ver as potencialidades da quinta, do projeto fundamentado num bom estudo de mercado, da equipa que a dinamiza e da região, queira participar direta ou indiretamente no desenrolar do negócio e na empresa com/até 15 milhões de euros, a restituir”, conclui.

Resumo:
Responsável: Raquel Mariano
Área: Turismo agro-ambiental
Produto: Hotel eco-agro-rural
Mercado: Nacional
Necessidade: Investidor (15 milhões de euros)
Contacto: raqueluciamariano@gmail.com

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