Portugueses insatisfeitos com a banca tradicional. As altas comissões são um dos motivos.

Os elevados custos de manutenção levam 16% dos consumidores portugueses a considerar mudar de banco, revela um estudo recente da Nickel.

73% dos inquiridos no estudo realizado pela instituição de pagamentos Nickel, em conjunto com a DATA E, revelaram que planeiam, no futuro, aderir a instituições financeiras digitais. Com o objetivo de analisar os hábitos financeiros dos portugueses, esta pesquisa – que teve a participação de 1040 indivíduos de várias regiões do país, com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos – revelou uma crescente insatisfação dos consumidores com as instituições bancárias tradicionais. Com seis em cada 10 portugueses clientes de mais do que um banco, os resultados mostram que um número crescente de cidadãos procura alternativas como os bancos online.

Quando consideram mudar de banco, os consumidores dão prioridade a estruturas de preços simples, à proximidade das agências e ao acesso rápido a cartões e a um IBAN (International Bank Account Number). 37% dos inquiridos revelaram que não mudam de banco há mais de cinco anos.

No item da insatisfação com os aspetos operacionais da banca tradicional, mais de metade dos inquiridos manifestou insatisfação com o horário bancário convencional e 77,9% consideraram vantajosa a realização de transações financeiras em lojas de comércio local.

No conjunto dos 58% que estão a pensar mudar de banco, 16% identificaram os custos de manutenção da conta como a principal motivação. Foram ainda identificados como fatores-chave para influenciam os clientes a procurar alternativas aos modelos bancários tradicionais, a facilidade de abertura de uma conta, a obtenção de um IBAN e a receção de um cartão de débito, com a conveniência de efetuar depósitos e levantamentos em lojas locais.

João Guerra, CEO da Nickel Portugal, frisou que “as conclusões do nosso estudo evidenciam uma clara mudança no sentimento dos consumidores relativamente às soluções bancárias digitais. À medida que cresce a insatisfação com os modelos tradicionais, há uma apetência crescente entre os consumidores portugueses por formas novas, e inovadoras, de gestão das suas finanças”.

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