PME portuguesas empregam quatro em cada cinco trabalhadores

PME portuguesas criam 33 mil novos empregos entre 2015 e 2017, segundo previsão da Comissão Europeia.

Em 2015 as pequenas e médias empresas (PME) portuguesas foram responsáveis por mais de dois terços da riqueza produzida e quatro em cada cinco empregos. São valores que ultrapassam a média da União Europeia (UE). Já a produtividade por trabalhador é uma das mais baixas da UE, rondando os 21 mil euros, enquanto a média da União é de 43 mil euros.

Segundo o relatório anual sobre as PME europeias, as empresas de pequena e média dimensão mantêm-se em recuperação, um processo iniciado em 2013, mas continuam aquém dos indicadores que tinham antes de 2008, antes da crise.

Até 2017, a Comissão aponta para um aumento de 3% ao ano da riqueza produzida, enquanto o emprego deverá aumentar 1% ao ano. Entre 2015 e 2017 deverão criar 33 mil novos postos de trabalho.

No último ano, nasceram em Portugal quase 37 700 novas PME, mais 5,2% do que no ano anterior, representando o maior crescimento desde 2007. As áreas com mais procura são as telecomunicações e o imobiliário.

Já nos encerramentos, registaram-se mais de 15 500, um aumento de 3,6% face a 2014. Destas, menos de 4 200 são casos de falência.

No que diz respeito ao empreendedorismo, Portugal é um dos melhores alunos, mas em relação a apoios estatais, serviços públicos e financiamento está ainda abaixo da média.

Portugal é ainda o segundo pior na proteção aos fiadores e está também no vermelho na percentagem de PME com contratos públicos.

Apesar dos esforços do Governo, o financiamento alternativo, como capital de risco, crowdfunding e business angels, continua a ser marginal e os atrasos nos pagamentos são outro dos problema assinalados.

Bruxelas recomenda o reforço da transparência e da eficiência nas parcerias público-privadas e o aumento das concessões, sobretudo ao nível local e regional. A Comissão Europeia refere ainda que os licenciamentos devem ser melhorados e diz que é preciso reduzir as barreiras regulatórias e impulsionar a cooperação entre universidades e empresas.

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