Os três conselhos da CEO do Nasdaq para uma empresa ser inovadora

Perder o medo da mudança tecnológica é o principal conselho que a CEO do Nasdaq, Adena Friedman, partilha com as empresas.

Quando o Nasdaq surgiu em 1971, consolidou-se como o primeiro sistema eletrónico de troca de ações. 20 anos depois foi o primeiro na venda da sua tecnologia a outras bolsas à volta do mundo e, depois disto, o primeiro a permitir a compra de ações através da internet.

“A disrupção (tecnológica) faz parte do nosso ADN”, disse Adena Friedman, CEO do Nasdaq em janeiro de 2017, no evento NEXT2017 organizado pela empresa Nutanix em Washington.

Perante um panorama onde a tecnologia avança rapidamente e muitos dos empregos são substituídos pela automatização – como quando dezenas de operadores da bolsa foram substituídos por máquinas e algoritmos –, Friedman dá três conselhos para fazer frente a estas mudanças.

1. Pôr o medo de lado

Friedman diz que uma das primeiras mensagens que deu, quando assumiu a sua função em janeiro, foi deixar o medo de inovar para atrás.

“Deixemos o medo, pensemos melhor em termos de qual é a melhor solução para os nossos clientes”, diz a executiva.

2. Diversificar

Friedman salienta que as empresas inovadoras travam esse desempenho por receio de perder o que já têm em termos de operação e dinheiro. Contudo, para fazer frente à acelerada mudança tecnológica, a executiva diz que protege o orçamento do Nasdaq, ao ter recursos especiais que são destinados a investigação e desenvolvimento, o que lhe permite experimentar novas tecnologias.

O Nasdaq também conta com um braço de investimentos que lhe permite apostar em empresas inovadoras sem pôr em risco o já consolidado.

3. Conseguir um equilíbrio

Perante a automatização dos empregos focados no serviço, Friedman considera que haverá sempre um equilíbrio entre os humanos e as máquinas.

“Muitas das decisões de investimento são automatizadas ou por algoritmo; no entanto, há muita gente na indústria a criar algoritmos ou a revisar o mercado”, diz a CEO.

O que recomenda é que o talento procure novas alternativas. Por exemplo, algumas empresas, em lugar de ter investidores, têm cientistas de dados que movimentam capital.

“A automatização aumentará a capacidade do cérebro humano e dos seus juízos”, afirma Friedman.

Um relatório da consultora McKinsey & Company indica que, em 2055, metade dos empregos a nível mundial estarão automatizados. No México, a investigação indica que serão 52% dos trabalhos atuais.

O Nasdaq, além de ser a segunda maior Bolsa em termos de capitalização à volta do mundo com um valor de mercado de 9,6 mil milhões de dólares (8,2 mil milhões de euros) , fornece a tecnologia para que outros 90 mercados globais operem.

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