Opinião
Os mitos mais frequentes da imagem profissional

No meu livro “Imagem Profissional, Guia de Estilo”, abordo alguns dos mitos associados a esta temática.
Se acha que este é um assunto fútil, sem qualquer impacto na sua vida profissional ou que para ter uma boa imagem tem de investir muito tempo e dinheiro, então este artigo é para si. Afinal, já pensou que mensagem transmite a sua imagem? E como pode esta contribuir para os seus objetivos profissionais?
- Ter boa imagem resume-se a ter uma boa aparência
Este é um dos mitos mais frequentes. Muitas pessoas consideram que a imagem profissional se resume apenas à aparência. Mas a imagem é também constituída pela forma como se apresenta, o que inclui a higiene pessoal, a impressão que transmite, a postura e a linguagem corporal.
- O currículo e a experiência é que importam, a imagem pessoal é secundária
Sem dúvida que tem de ter competências e experiência para ter aquele cargo ou promoção que tanto deseja. Porém, o mercado de trabalho é bastante competitivo e, quando existem dois candidatos com um perfil semelhante, a imagem pode ser um fator decisivo. Sobretudo, se o candidato estiver a concorrer para uma função que implique a relação direta com clientes, parceiros ou media.
- Para ter uma boa imagem, tenho de gastar muito dinheiro
Hoje em dia, há tanta oferta no mercado com uma boa relação qualidade-preço, incluindo as promoções e outlets, que não necessita de gastar uma fortuna para ter uma boa aparência. O importante é investir em peças básicas, de qualidade, com corte clássico e em cores neutras, para aumentar a variedade de combinações e prolongar a sua durabilidade. Um bom fato, blazer ou vestido pode durar anos e ser usado em vários contextos. Pelo contrário, as peças tendência passam de moda, pelo que não invista muito nestas opções. Aprenda a rentabilizar o seu guarda-roupa.
- É importante ter peças de marcas de prestígio para causar uma boa impressão
Muitas pessoas compram peças com as marcas em destaque, por considerarem que estas lhe conferem um maior estatuto e prestígio. Mas nem sempre exibir boas marcas é a melhor solução. Pode passar uma imagem de ostentação, o que nem sempre é bem interpretado no ambiente de trabalho. Já para não falar de quem compra artigos de contrafação, por achar que os outros vão pensar que o seu relógio ou mala é de uma marca de luxo. O mais provável é passar uma impressão negativa. Seja discreto e realista, a elegância e a classe não dependem das marcas que usa, mas da sua postura e atitude.
- Não tenho tempo para me arranjar de manhã
É um facto que o tempo de manhã é limitado e cada minuto é precioso. Mas existem formas de poupar tempo. Por exemplo, selecione no dia anterior as peças que vai vestir e verifique se estas estão limpas e engomadas. Do mesmo modo, lave o cabelo e seque-o à noite, de forma a economizar tempo de manhã. Se usa maquilhagem, saiba que também existem soluções rápidas, como o BB Cream que reúne o creme hidratante e a base num único produto.
- Confundir boa imagem com beleza e idade
Uma boa imagem não depende da beleza, idade, peso ou características físicas. O importante é saber valorizar o seu corpo e rosto e aprender a disfarçar as imperfeições ou zonas mais críticas. Os profissionais mais experientes tendem a passar uma imagem de maior confiança, segurança e credibilidade, pelo que a idade pode ser uma mais-valia profissional. Aprenda a tirar partido do que tem. Não se esqueça de que a maior parte das revistas recorre ao Photoshop na edição de imagem e que para ter aquela aparência foi necessária uma equipa de profissionais. O ideal de beleza é uma ilusão e depende da cultura de cada país. Não tente imitar o que vê nos outros, se tal não o favorecer.
- Os acessórios devem combinar sempre
A moda de combinar tudo já está ultrapassada. Não tem de combinar os sapatos com a mala, a maquilhagem com a cor da roupa ou usar o mesmo conjunto de bijuteria. Aliás, o seu visual será mais interessante se tirar partido da variedade de acessórios e souber conjugá-los, tendo em conta o seu corpo e o coordenado. Evite os excessos, de forma a não parecer uma árvore de Natal, mas use alguma criatividade na hora de combinar as peças. Não se esqueça da máxima: menos é mais!
- Quem tem peso a mais deve usar roupa larga
A ideia é destacar os pontos fortes do seu corpo e disfarçar as zonas mais problemáticas, mas sem parecer uma tenda. As roupas largas tendem a aumentar o volume do corpo e a fazê-lo parecer um retângulo. Use peças em tons neutros ou mais escuros, looks monocromáticos (de uma só cor) e tecidos sem brilho, nas partes do corpo que pretende disfarçar. Deixe os estampados, cores vivas ou detalhes para as zonas do corpo em que pretende chamar a atenção. Os decotes em U ou V, os colares verticais, as riscas finas verticais, as mangas a três quartos ou as saias e vestidos em evasé (para quem tem umas pernas bonitas) também são uma boa opção.