Multinacional francesa compra 58% do grupo Bold
A francesa Devoteam acaba de investir na portuguesa Bold. O grupo nacional prepara-se agora para novos desafios.
A multinacional de origem francesa passou a deter 58% do grupo tecnológico português criado em 2009 por dois jovens engenheiros. O negócio foi divulgado ontem e vai reforçar a posição estratégica da Bold no mercado nacional e internacional enquanto empresa tecnológica.
A Devoteam atua há mais de 20 anos na área da consultadoria tecnológica inovadora para empresas, está presente em 18 países e é um dos grandes players na transformação digital de grandes empresas na Europa, Médio-Oriente e África. Este ano, prevê alcançar uma receita anual de aproximadamente 650 milhões de euros.
Bruno Mota, fundador e CEO da BOLD, explicou em comunicado que os “próximos três anos terão um papel decisivo para a nossa empresa, no sentido de fazer da Bold a tecnológica líder no mercado português”. Acrescentou, ainda, que a aposta nesta parceria surge porque encontraram uma empresa com grande proximidade cultural à Bold, que reforça o desejo da empresa em continuar a investir nas pessoas e em manter a atração e a retenção dos talentos como prioritários. “Esta sinergia permite responder a outro dos nossos principais objetivos futuros, ou seja, maior foco nos mercados internacionais, gerar novos investimentos e atrair mais clientes para Portugal através da diversificação da oferta e acompanhar a evolução da tecnologia de ponta”, conclui.
Também Stanislas de Bentzmann, co-fundador e CEO multinacional francesa referiu que “esta aquisição é um passo significativo para a Devoteam, permitindo-nos estar no centro do desenvolvimento tecnológico em Portugal e também aumentar a nossa capacidade no apoio da transformação digital dos nossos clientes na EMEA. Adicionalmente, na Bold International encontrámos uma empresa focada nas pessoas e que partilha verdadeiramente os nossos valores e a nossa cultura de desenvolvimento contínuo”.
Nesta nova etapa da Bold, Bruno Mota continua a liderar e a manter funções como CEO. Os restantes acionistas Hugo Fonseca, Amélia Marta, André Carriço e João Malpica também permanecerão na estrutura como shareholders.
Recorde-se que em 2017, a Bold viu os resultados crescerem 22% e reposicionou-se, pelo segundo ano consecutivo, no ranking do Financial Times – FT1000 como uma das empresas com crescimento mais rápido da Europa. Atualmente tem escritórios em Aveiro, Lisboa e Porto e 630 colaboradores.