Mais de metade das iniciativas de IoT param na fase de aprovação do conceito

60% das iniciativas de IoT param na fase de aprovação do conceito e apenas 26% das empresas são consideradas um completo sucesso, revela um estudo promovido pela Cisco.

Segundo previsões da International Data Corporation (IDC), a base instalada de dispositivos de Internet of Things (IoT) a nível mundial passará dos 14.900 milhões contabilizados no final de 2016 para mais de 82 mil milhões em 2025.

Apesar deste crescimento, e segundo um estudo promovido pela Cisco, 60% das iniciativas de IoT param na fase de aprovação do conceito (PoC), sendo apenas 26% das empresas consideradas um completo sucesso e um terço de todos os projetos concluídos considerados com mal-sucedidos.

A Cisco entrevistou 1.845 profissionais de TI e diretores executivos de diversos setores de atividade nos Estados Unidos, Reino Unido e Índia para a realização deste estudos. Todos os inquiridos trabalhavam para organizações que estão a implementar e/ou já concluíram iniciativas de IoT, tendo todos eles participado na estratégia ou direção de pelo menos uma dessas iniciativas de IoT.

De acordo com o estudo, três dos quatro fatores-chave para o sucesso dos projetos de IoT estão relacionados com as pessoas e o respetivo trabalho. A colaboração entre o departamento de TI e as linhas de negócio foi o fator de sucesso mais referido pelos inquiridos, com 54% das respostas. A cultura tecnológica, com chefes de equipa promovidos para o conselho de direção, surgiu como o segundo fator chave mais considerado, com 49% das respostas, e a experiência em IoT, tanto internamente como através de acordos externos, como o terceiro fator mais referido, com 48%.

Já sobre os projetos de IoT concluídos, o estudo avança que 73% dos inquiridos estão a utilizar esses dados para otimizar o negócio. Os três principais benefícios referidos pelos inquiridos foram o aumento da satisfação do cliente (70%), as melhorias operacionais (67%) e a maior a qualidade dos produtos ou serviços (66%). O aumento da rentabilidade foi o principal benefício não esperado (39%).

As principais barreiras durante todas as fases do projeto citadas pelo estudo foram o tempo para o concluir; a limitação da experiência interna e a qualidade dos dados; a integração da equipa; e superar o que estava planeado inicialmente.

60% dos entrevistados para este estudo acreditavam que, embora as iniciativas da IoT parecessem simples no papel, tornaram-se complicadas mais tarde. 64% dos inquiridos afirmaram ter aprendido com iniciativas de IoT estancadas ou falidas e 61% acreditam que estamos apenas no começo do que a IoT pode fazer pelo seu negócio.

O estudo concluiu ainda que as organizações com maior sucesso nas iniciativas IoT foram apoiadas por ecossistemas de parceiros em cada fase do projeto, observando desde o planeamento estratégico até aos relatórios e resultados após a entrada em produção.

 

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