5 lições de vida de quem perdeu tudo, mas conseguiu ser bem-sucedida

Kim Perell quase que perdia tudo no seu primeiro negócio, mas conseguiu voltar ao mercado e ser bem-sucedida.
Náuseas e vontade de se deitar. Foi esta a sensação que Kim Perell, atual CEO da Amobee, teve quando recebeu a notícia de que o seu primeiro negócio, a Frontline Direct, estava prestes a falir. A empresa de marketing digital tinha acabado de perder a totalidade da sua base de dados – péssimas notícias para uma organização deste género.
À Born2Invest, uma publicação norte-americana sobre negócios, Perell recorda que estava numa loja IKEA a comprar móveis quando tudo aconteceu. As náuseas tiveram de ser controladas e a vontade de se deitar teve de ser adiada. À medida que ia percorrendo o labirinto sueco rodeado de móveis, atordoada, Kim relembra o sentimento de fracasso a pesar-lhe nos ombros.
“O que vou fazer?”, perguntou Kim Perell ao marido ao mesmo tempo que era invadida pela sensação de que a aventura de ir para o Havai, com o empréstimo que a avó lhe tinha dado para começar um negócio, tinha terminado. Seria este o final do sonho de se tornar na própria chefe?
A resposta é dada no “The Execution Factor”, livro da autoria da empreendedora. Surpreendentemente, a barreira que Kim encontrou transformou-se rapidamente numa oportunidade para aprender. Perell não só conseguiu salvar o seu negócio, como também o conseguiu vender por cerca de 26 milhões de euros. Neste livro, a autora detalha cinco traços que qualquer pessoa precisa de ter para ser bom a executar um negócio:
1. Encontre algo de que goste a 100%
Segundo a empreendedora, precisamos de acreditar a 100% naquilo que fazemos para sermos bem-sucedidos. Isto porque vão aparecer muitas barreiras no caminho para o sucesso e, portanto, é importante aferir o que estamos dispostos a sofrer para lá chegar. “Se não tiver uma ligação pessoal ao que está a fazer deve reconsiderar os seus sonhos”, sublinha.
2. Acredite em si
A confiança nas suas ideias deve ser superior à descrença das pessoas que duvidam de si. Quando Kim decidiu começar o seu negócio de marketing digital ninguém – excluindo a sua avó – pensou que o projeto tivesse futuro.
3. Ter coragem
É preciso coragem para enfrentar as ondas do mar de aventuras que é o empreendedorismo. Depois de a Frontline Direct ter perdido a sua base de dados, Kim poderia ter ido para casa entregar-se ao fracasso. Em vez disso, ligou a todos os seus clientes, admitiu o erro de ter perdido toda a informação e perguntou-lhes se queriam continuar a trabalhar com ela. Segundo a empreendedora, muitas vezes é a coragem que consegue manter os negócios vivos e que muitas pessoas desistem quando já se encontram perto da meta.
4. Aceite ajuda
Não ter medo de pedir ajuda é um passo positivo a dar em direção ao sucesso. Durante o seu percurso, Kim teve mentores a quem podia recorrer para pedir ajuda para ultrapassar o próximo obstáculo. Um dos melhores conselhos que recorda foi quando lhe disseram que não tinha de fazer as coisas de uma forma linear. Antes do seu mentor lhe ter dito isto, acreditava que a sua vida ia ser ditada por uma cronologia rígida, como: começar um negócio -> vender o negócio -> começar uma família -> escrever um livro. Porém, apercebeu-se que conseguia coisas em paralelo e começou uma família ao mesmo tempo que construía o seu negócio e escreveu o “The Execution Factor” enquanto trabalhava como business angel. Se tivermos muitos objetivos é difícil percorrer o caminho sozinho, portanto não tenha medo de pedir ajuda.
5. Peça aquilo que quer
É difícil ouvir um “não” ou ser rejeitado, mas nunca vai ouvir um “sim” se nunca se chegar à frente e pedir aquilo que quer. Não espere que as pessoas reconheçam o seu trabalho. Em vez disso, peça a promoção, o dinheiro que acha que merece ou para ser transferido para o projeto em que gostava de trabalhar. Este conselho, segundo Kim, é especialmente apontado às mulheres que têm dificuldade em chegar-se à frente e pedir aquilo a que acham que têm direito.
Veja a apresentação de Kim sobre o livro: