InterCom Report identifica 7 novas tendências nas empresas de B2B

O InterCom Report faz uma reflexão sobre a forma como a comunicação é percecionada e efetivada no mercado B2B e identifica sete tendências.
Retratar o papel da comunicação na construção e gestão de relações com os stakeholders das organizações portuguesas que têm um foco na venda a outras empresas – Business-to-Business (B2B) e negócios internacionais, é o propósito do estudo InterComm Report – B2B Communication Trends in Global Businesses (InterComm), desenvolvido pela Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa e pela SayU Consulting, com o apoio da Aicep Portugal Global.
Os dados recolhidos pela pesquisa destacam highlights no modo como as empresas olham para a comunicação e a integram na estratégia global de negócio e ao mesmo tempo identificou tendências de reflexão, associadas à forma de perceber os desafios atuais e futuros. A saber :
Cenarização e agilidade – Independentemente das dimensões, as organizações passaram a fazer uma “navegação à vista” face ao clima de imprevisibilidade que se vive e aos cenários para que devem estar mais capacitadas e preparadas.
Inovação e comunicação – Existe, agora, uma maior consciência de que são as empresas que investem em inovação e em comunicação que estarão melhor preparadas para competir e ter sucesso.
Reorganização da comunicação – A comunicação deve ser entendida num sentido lato e estratégico, deixando de se resumir apenas à comunicação do produto e/ou do serviço.
Novas formas de comunicar para se diferenciar – Devido às restrições impostas na circulação, surgiu o desafio de procurar novos meios e ações para o estabelecimento e a gestão de relações de confiança com os stakeholders.
Aceleração da transformação digital – Os desafios da pandemia aceleraram a digitalização na atividade empresarial, embora este boost no digital já estivesse prevista por muitas organizações. No entanto, surgiu agora com uma premência e rapidez de implementação forçadas.
Combinação do presencial com o digital – Embora as relações e o seu conteúdo sejam os mesmos, a frequência e a forma das interações sociais e profissionais alteraram-se profundamente e, nesse sentido, será imperativo ponderar e escolher caso a caso em que moldes serão feitas essas interações.
A comunicação na gestão dos stakeholders – Ganha relevância um novo panorama onde a comunicação passa a ser vista como uma estrutura transversal, integrada e não restrita a produtos nem clientes.
“Os resultados do estudo apontam para uma necessidade urgente de olhar de forma diferente para os investimentos em comunicação. Para serem mais competitivas no ‘novo normal’ as empresas revelam ser necessário antecipar e implementar novas soluções que vão para além de ‘comunicar o negócio’”, explicou Ana Raposo da ESCS. A investigadora concluiu ainda que “para cumprir o objetivo de acrescentar valor à organização e a tornar mais competitiva, a comunicação B2B tem de ser guiada por processos de mapeamento e gestão de stakeholders, sempre com os objetivos de negócio em mente”.
Além de identificar tendências, o trabalho conjunto da Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa e pela SayU Consulting (feito junto de 120 empresas nacionais B2B exportadoras de diferentes setores, dimensões e maturidades), pretende ajudar na reflexão e ação, salientando caminhos de resposta aos desafios colocados às empresas B2B exportadoras nacionais. De acordo com esta análise, o contributo destas para o crescimento económico do país é muito relevante e o seu sucesso está relacionado com uma comunicação eficaz com todos os stakeholders. Uma eficácia que passa pelo aumento da sua reputação e construção e consolidação das suas relações, dando a conhecer a inovação, construindo sinergias e confiança e cooperando num espaço de diálogo e negociação.