Indústria europeia de gaming pode atingir os 40 mil milhões de euros até 2030, diz relatório.
Um estudo do hub finlandês Neogames estima que a indústria europeia de gaming pode atingir um volume de negócios de 40 mil milhões de euros até 2030.
A indústria do gaming está em franco crescimento como mostra o estudo divulgado pelo Neogames, o Hub of the Finnisg Game Industry. A pesquisa – que teve o apoio da European Games Developer Federation (EGDF), da Comissão Europeia e da EIT Culture & Creativity – admite que, até 20230, o volume de negócios deste setor de atividade possa chegar aos 40 mil milhões de euros, o dobro dos valores registados atualmente.
Os números apresentados pelo relatório são significativos. Revela que existem mais de 3 mil milhões de jogadores de videojogos a nível mundial e que o mercado dos videojogos vale 179 mil milhões de euros. A Ásia-Pacífico (Índia, China, Japão, Coreia do Sul) compreende cerca de 53% do mercado de jogadores e em termos de receitas a Europa representa 18%, a Ásia-Pacífico 46% e os EUA 27% da receita global total. As empresas chinesas de jogos contribuem com 47% para a receita mundial de jogos para telemóvel.
O mercado do gaming na União Europeia andou na ordem dos 18,3 mil milhões de euros em 2021, ano em que os estúdios europeus de desenvolvimento de jogos asseguravam uma quota de mercado na ordem dos 11% a nível mundial. Mais: os países da União Europeia posicionaram-se como o terceiro maior mercado global de jogos em 2021, com dois dos seus grupos corporativos – Ubisoft e Embracer Group – a constaram da lista dos 25 maiores conglomerados da indústria de jogos.
Contudo, num setor dominado pelos mercados de jogos norte-americano e chinês, o relatório refere que a indústria de jogos deve enfrentar três grandes desafios: o facto de a Europa precisar de distribuição e publicação, apesar de ser excelente na criação de jogos; de as principais plataformas pertencerem a empresas não europeias; e alavancar a inovação e a investigação para se manter competitiva.
Além disso, para manter a vantagem dos precursores tecnológicos na União Europeia são necessárias estruturas de apoio para integrar informações sobre novas oportunidades e apoiar as PME europeias na construção de novas ferramentas e serviços. O estudo do Neogames estima que 246 milhões de cidadãos europeus joguem.