Harvard sugere: livros a ler em 2018

Desde os grandes clássicos russos até à nova literatura sobre inteligência artificial. Há de tudo na lista de livros a ler em 2018 sugerida por professores de Harvard.

Quais os livros que todos os empreendedores, ou aspirantes a tal, devem ler este ano. A pergunta foi feita pelo site Business Insider a alguns professores da universidade norte-americana de Harvard. E as sugestões de leitura foram muito diversificadas: desde clássicos a obras mais contemporâneas e lançamentos recentes. Os temas são variados mas, na essência todos eles se apresentam como boas lições para alguns dos dilemas que os negócios e a sociedade do século 21 enfrentam. Deixamos-lhe cinco sugestões.

Anna Kariênina –  Liev Tolstói
Ler ou reler o grande clássico russo é uma das sugestões. “Não há narrativa melhor sobre como as mulheres são ignoradas, oprimidas e têm baixo apoio jurídico. As mulheres carregam a sociedade e oferecem a salvação – mesmo que os padres levem todos os créditos”, referem alguns professores. Publicado pela primeira vez em 1877, Anna Kariênina mantem-se relevante nos dias de hoje. Paralelamente à narrativa central, o livro espelha as mudanças técnicas vividas no sector agrícola, bem como a forma com os agricultores foram incentivados a implementar essas mudanças.

“The Internationalists” – Oona Hathaway e Scott Shapiro 
Steven Pinker, professor de psicologia de Harvard e finalista do Pulitzer (com o livro “Como a Mente Funciona”, The Internactionalists), sugere esta obra. Da autoria dos especialistas jurídicos Oona Hathaway e Scott Shapiro, o livro aborda os factos que estiveram envolvidos na criação de Pacto Kellogg-Briand (ou Pacto de Paris) em 1928. Trata-se de um tratado internacional que renunciava a guerra como instrumento de política nacional. Ou seja, foi a primeira vez que a guerra se tornou juridicamente ilegal. Retrata a cena internacional à época, mas alguns aspectos da análise são muito úteis para perceber a história atual.

“Just Mercy” – Bryan Stevenson 
O professor de literatura inglesa, vencedor do Pulitzer (com The Swerve: How the World Became Modern), recomenda para este ano a leitura de Just Mercy, um livro da autoria de Bryan Stevenson. Lançado em 2014, retrata a vida de um jovem advogado, idealista, e que luta por aquilo que acredita ser a “verdadeira justiça”.

“Teoria dos sentimentos morais” –  Adam Smith
Eric Maskin, economista, Nobel em 2007 e autor de The Arrow Impossibility Theorem, recomenda a leitura desta obra de Adam Smith. Sugere que todos os estudantes de economia deveriam incluir esta obra nas suas prioridades. A Teoria dos Sentimentos Morais apresenta uma visão sobre a natureza humana de uma forma muito mais rica e detalhada do que o livro que o sucedeu, a Riqueza das Nações.

“Robot-Proof: Higher Education in the Age of Artificial Intelligence” –  Joseph Aoun
Esta é a sugestão para 2018 do professor de química orgânica EJ Corey, vencedor do Nobel em 1990, e autor de Molecules and Medicine. Foi lançado no final do ano passado e fala sobre as transformações que devem ser implementadas na formação académica face ao impacto da inteligência artificial nos negócios e na sociedade. O livro levanta uma questão pertinente: Como pode a formação superior preparar os alunos para a vida profissional quando as próprias profissões correm sérios riscos de desaparecer? Joseph Aoun avança algumas sugestões para novos modelos de ensino.

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