Gulbenkian e Efanor investem na gestão e proteção das florestas

A parceria entre as duas entidades prevê um investimento de 31 milhões de euros. Em causa está a gestão florestal biodiversa e a redução do risco de incêndio nas zonas Norte e Centro do país.

A Fundação Calouste Gulbenkian e a Efanor Investimentos vão intervir, nos próximos anos, numa área de 15 mil hectares a partir do arrendamento de terrenos no Norte e Centro do país. Até ao final do projeto o investimento previsto é de cerca de 31 milhões de euros, partilhado em partes iguais pelos parceiros.

Caracterizado pelo investimento em Floresta Produtiva Biodiversa em Portugal, este projeto, que conta ainda com a Sonae Arauco como parceiro operacional e de tecnologia, aposta numa gestão florestal mais eficiente, na promoção da biodiversidade e dos serviços de ecossistemas, no elevado sequestro de carbono, na diversificação da paisagem e na criação de mosaicos, por oposição à floresta contínua.

Outro dos pontos-chave da intervenção é a redução do risco de incêndio, o que será feito através da diversificação e combinação de espécies, a implementação de faixas de gestão de combustível em sítios estratégicos e a aposta na vigilância regular.

Esta iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian e da Efanor Investimentos segue em linha com o trabalho que ambas têm desenvolvido no âmbito da ação climática, colocando a proteção do ambiente no topo das suas prioridades estratégicas.

“Esperamos ter encontrado o modelo com retorno económico, ambiental e social para a floresta do Centro e Norte de Portugal. Este investimento servirá para o comprovar e, posteriormente, o poder alargar significativamente”, afirmou Paulo Azevedo, presidente da Efanor Investimentos.

Para a Fundação Calouste Gulbenkian este investimento representa também uma forma de diversificação de investimentos, na sequência da decisão tomada em 2019 de desinvestimento no petróleo e no gás.

Trata-se de um modelo de investimento que visa a criação de retorno financeiro, social e ambiental através da gestão florestal ativa e da redução do risco de incêndio, da promoção da biodiversidade e dos serviços de ecossistemas, da captura e sequestro de carbono, da diversificação dos usos do solo e da composição da floresta e da produtividade florestal, através da tecnologia e inovação.

Isabel Mota, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, reforçou que este investimento “contribui ativamente para o importante compromisso assinado recentemente por 105 países na COP26, incluindo Portugal, para travar a deflorestação e deterioração do uso do solo até 2030”.

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