Governo dos Açores lança Escola de Negócios para apoiar empreendedorismo e criar emprego
O Governo dos Açores vai avançar até ao final do ano com a iniciativa Escola de Negócios, que visa criar postos de trabalho e fixar população, anunciou a secretária regional Maria João Carreiro.
O Governo dos Açores, através da Secretaria Regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego, acaba de criar a Escola de Negócios para apoiar o empreendedorismo, a criação do próprio emprego e o desenvolvimento do tecido empresarial local.
Esta nova medida destina-se a desempregados com escolaridade obrigatória ou, no mínimo, o 9.º ano de escolaridade, a recém-diplomados (com o nível igual ou superior ao nível IV) e a estagiários que tenham concluído o estágio há menos de seis meses, sendo atribuída aos participantes uma bolsa de formação mensal no valor correspondente ao Indexante dos Apoios Sociais.
De acordo com a Secretária Regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego, Maria João Carreiro, esta iniciativa, promovida pela Direção Regional de Qualificação Profissional e Emprego, vai arrancar até ao final de 2023 com um projeto piloto nos concelhos de Nordeste, em São Miguel, e da Praia da Vitória, na ilha Terceira.
A Escola de Negócios é estruturada em três fases. Na 1.ª fase (Ideia de Negócio), o objetivo é capacitar os participantes em áreas essenciais ao empreendedorismo e à abertura de um negócio, através de formação específica e à medida, sessões de brainstorming com empresas já estabelecidas no mercado, diagnóstico de necessidades locais e elaboração de uma ideia de negócio a apresentar a um júri que vai integrar, entre outros, um membro da comunidade local.
Na 2.ª fase (Projeto de Negócio), os participantes serão desafiados a elaborar um plano de negócio que apresente viabilidade económica e financeira e que seja suscetível de criar o próprio emprego do participante.
Na 3.ª e última fase (Abertura do Negócio) é atribuído um apoio financeiro às micro e pequenas empresas que, tendo sido implementadas na sequência das fases anteriores, tenham iniciado a sua atividade e gerado a criação do próprio emprego do participante. Este apoio corresponde a 18 vezes a Retribuição Mínima Mensal Garantida na Região e é cumulável com outros apoios ao investimento como as medidas “Jovem Investidor” e “Pequenos Negócios”, integradas no novo Sistema de Incentivos Construir 2030.
“Problemas diferentes exigem respostas diferenciadas”, afirmou Maria João Carreiro, para valorizar o contributo que esta nova medida, que inclui apoio técnico e financeiro e “integra numa mesma fórmula empreendedorismo, autoemprego e desenvolvimento do tecido empresarial local”, pode promover para a “fixação de população nos concelhos e localidades mais rurais e para coesão social e económica”.
A seleção dos participantes na Escola de Negócios caberá às entidades formadoras envolvidas nesta medida, designadamente nas fases 1 e 2, em articulação com o Centro de Qualificação e Emprego.