Geração Z: antes desempregados do que infelizes no trabalho

Esta constatação está espelhada num estudo internacional do Workmonitor. 56% dos inquiridos afirmaram que deixariam o emprego se este afetasse a vida pessoal.

Cerca de dois em quatro profissionais da chamada geração Z (pessoas nascidas entre a segunda metade dos anos 1990 e o início de 2010), preferem ficar desempregados a trabalharem em algo ou empresa que de que não gostam, constatou um estudo global desenvolvido pelo Workmonitor, da Randstad.

Ao Business Insider, o CEO global da Randstad, Sander van ‘t Noordende, explicou que estas descobertas devem servir como um alerta para os empregadores já que “há uma clara mudança de poder a acontecer à medida que as pessoas repensam as suas prioridades”.

A pesquisa, que auscultou 35 mil profissionais, em 34 mercados, mostra que 56% da geração Z e 55% os millennials estariam dispostos a deixar o emprego se este interferisse com a vida pessoal.
Por outro lado, 70% dos profissionais inquiridos revelaram-se recetivos a novas oportunidades de emprego. Desse número total, 32% da geração Z e 28% de millennials afirmaram estar à procura de emprego. Além disso, 49% mostraram-se confiantes em encontrar rapidamente um novo emprego, caso saíssem do atual.

Esta abordagem que as novas gerações têm face ao mercado de trabalho, mais descomprometida e flexível, impõe alterações estratégicas na forma como as empresas contratam e retêm talentos, sugerem os responsáveis da pesquisa.

Acrescentar benefícios extra à vertente salarial é uma das formas de tornar uma empresa mais atrativa para este target profissional. A pesquisa da Randstad revelou que 22% dos empregados receberam um aumento de benefícios, entre os quais assistência médica, enquanto 25% receberam formação.

Por outro lado, 71% frisaram que a possibilidade de trabalhar fora da empresa/escritório era importante, e 53% referiram não ter essa flexibilidade nas suas atuais funções. Outra vertente relevante na pesquisa é o facto de a maioria dos jovens querer trabalhar em empresas que tenham valores conformes com os seus valores pessoais. Diversidade e inclusão também são prioridade para as gerações mais jovens. 49% da geração Z e 46% dos millennials não querem trabalhar numa empresa que não tenha estes aspetos em conta.

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