Para quando a fusão entre a realidade física e a virtual?
Estudo indica que os consumidores acreditam que os ecrãs do mundo virtual vão começar a substituir as televisões e os cinemas em menos de um ano.
A sueca Ericsson publicou o estudo “Merged Reality” (mistura da realidade), que tem como foco mostrar a forma como os consumidores esperam que a realidade virtual (RV) e a realidade aumentada (RA) se fundam com a realidade física.
A amostra deste estudo levado a cabo pela empresa sueca foi de 9200 pessoas – entre os 15 e os 69 anos e que têm conhecimento do conceito de RV – de oito países diferentes: França, Japão, Reino Unido, Estados Unidos, Coreia do Sul, Itália, Alemanha e Espanha.
O Fórum Económico Mundial denomina de Quarta Revolução Industrial esta nova ideia de fundir o digital com a realidade. Apesar desta ideia parecer algo distante, os inquiridos do estudo mostram-se confiantes em relação ao desenvolvimento deste tipo de tecnologia. Sete em cada dez consumidores acreditam que a RV e a RA vão tornar-se comuns nos media, na educação, no trabalho, na interação social, no turismo e no retalho.
Atualmente, um dos maiores problemas com a RV é o facto de esta poder deixar os utilizadores com náuseas, devido ao atraso entre o movimento do corpo e o movimento dentro do mundo virtual. Um quinto dos designados “early adopters” – as pessoas que começaram a usar este tipo de tecnologia bastante cedo e que correspondem a 15% da amostra – considera estas consequências um problema.
Para estes consumidores, a rede 5G vai desempenhar um papel fundamental na transição para este novo mundo. Esta nova geração de rede, segundo a Next Generation Mobile Networks Alliance, dará acesso a 100 megabits por segundo em áreas metropolitanas, o que poderá reduzir em larga escala esse atraso que causa náuseas.
O estudo concluiu ainda que metade dos “early adopters” acreditam que dentro de um ano os estudantes vão ter acesso a aulas práticas sem sair da sala de aula. No entanto, não é preciso esperar tanto tempo para ter acesso a esta nova realidade visto que esta tecnologia já está a ser aplicada pela Veative Labs, uma start-up indiana que já conta com 300 módulos de ensino lançados nas áreas de biologia, química, física e matemática. Dois em cada cinco “early adopters” do estudo acham também que as salas de aula e os escritórios vão ser substituídos por espaços virtuais.
Ainda de acordo com o estudo, este novo tipo de tecnologia terá um grande avanço quando a rede 5G estiver disponível. A adoção desta rede que ainda está a ser desenvolvida nas principais cidades europeias está apontada para 2020.