França e a Alemanha querem fundo de mil milhões de euros para start-ups
Os ministros da Economia alemão e francês querem facilitar o desenvolvimento das start-ups do digital.
As start-ups europeias não têm falta de talento, mas de dinheiro. Os ministros da Economia alemão e francês afirmaram recentemente, em Berlim, que querem desenvolver uma iniciativa para apoiar as jovens empresas do digital, na ordem de mil milhões de euros.
“A Alemanha e a França querem construir uma iniciativa de crescimento com um volume de mil milhões de euros”, declarou Sigmar Gabriel, por ocasião da segunda edição da conferência digital franco-alemã. O financiamento e as modalidades deste fundo ainda não são conhecidos.
O seu homólogo francês, Michel Sapin, afirmou “apoiar esta ideia.” “É através de um fundo desta natureza que podemos superar uma série de dificuldades enfrentadas pelas atuais start-ups”, argumentou, referindo que “há necessidade de iniciativas, de talentos, mas há momentos em que também é preciso dinheiro para permitir às start-ups ganhar impulso e atingir o tamanho necessário para enfrentar a realidade económica”
Um eixo digital franco-alemão
A ideia de uma conferência digital franco-alemã tinha sido anunciada em março de 2015 e uma primeira edição tinha tido lugar em outubro do mesmo ano, em Paris. O que se traduziu na criação de uma academia franco-alemão do futuro entre o Instituto Minas-Telecom e a Universidade de Munique.
A França e a Alemanha também já têm uma “cooperação reforçada em várias tecnologias-chave: na nanoeletrónica, na computação de alto desempenho, na inteligência artificial, no software livre, mas também na segurança cibernética”, com o objetivo de criar uma label franco-alemão na cloud, disse Michel Sapin.
A chanceler alemã Angela Merkel também espera que as infraestruturas necessárias, como a alta velocidade 5G seja implantada “o mais cedo possível” na Europa, não esquecendo que a “segurança é de importância decisiva”. Por seu lado, o presidente francês, François Hollande, recordou que esta iniciativa franco-alemã foi lançado “para acelerar ainda mais a revolução digital”, “uma enorme oportunidade” para a Europa.
Lembrando que os estados não devem controlar tudo, mas “acompanhar as transformações e forjar novas seguranças”, o chefe de Estado francês estabeleceu como objetivo “criar um grande mercado digital à escala da Europa, apoiar as empresas nesta mudança, (…) garantir aos consumidores que poderão ter os melhores serviços em todo o território, tornar a banda larga de alta velocidade acessível a todos e terem uma regulamentação à escala europeia.”